Política

Passagem de Feliciano por Salvador causa mal estar no PSB

Imagem Passagem de Feliciano por Salvador causa mal estar no PSB
Declarações do "ex-gay", deputado Sargento Isidório, foram consideradas homofóbicas  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 07/04/2013, às 07h50   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Mais do que rebuliço na imprensa, a passagem do deputado federal paulista Marco Feliciano (PSC) por Salvador causou mal estar na cúpula do PSB da Bahia ontem.  Tudo por conta das declarações do cicerone do polêmico presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado estadual Sargento Pastor Isidório (PSB), que se considera um "ex-homossexual", com teor considerado tão homofóbico quanto as do novo guru do parlamentar baiano.

No site da legenda, foi divulgada uma moção de repúdio contra Isidório -  com autoria atribuída ao diretório estadual da sigla - em reação ao posicionamento dele sobre os homossexuais, evidenciado durante  um culto evangélico na Ribeira. Integrante da Executiva do partido, o também deputado estadual  Capitão Tadeu demonstrou surpresa  ao saber da publicação do documento. “Não sei de onde saiu essa decisão, não fui procurado. Uma moção de repúdio contra um integrante do partido tem que ser assunto  tratado por toda a Executiva”, disse.



Além da surpresa, Capitão Tadeu revelou incômodo com a  moção de repúdio contra o colega de bancada na Assembleia.  Para tanto, revirou o baú do filósofo francês Voltaire, símbolo do Iluminismo do Século XVIII, para quem pode-se até não concordar com o que alguém diz, mas é preciso defender o direito de cada um dizer o que quer: “Como grande parte do partido, eu não comungo com a opinião de Isidório em relação aos homossexuais, mas é preciso respeitá-lo em suas posições. Não é democrático repudiar alguém por causa de suas opiniões”.
Insatisfeito com a publicação intitulada “PSB repudia as declarações do deputado Sargento Isidório”, Capitão Tadeu procurou a presidente estadual do partido, a senadora Lídice da Mata. A resposta veio por torpedo: “Que moção?”, indagou Lídice. Minutos depois, o deputado soube que a divulgação do texto foi uma iniciativa isolada do primeiro secretário da legenda, Rodrigo Hita, braço direito da senadora. “Ele pediu desculpas pelo equívoco e disse que não se tratava de um documento do partido, e sim apenas dele”. Então tá!

Fonte: Coluna Satélite// Correio
Nota originalmente postada às 12h do dia 6

Classificação Indicativa: Livre

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