Política

Para vereador, Bacelar só fica no cargo por causa de acordos de campanha

Imagem Para vereador, Bacelar só fica no cargo por causa de acordos de campanha
Situação de secretário fica cada dia mais delicada e pressão para saída ganha força  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 23/05/2013, às 12h14   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A situação do secretário municipal da Educação João Carlos Bacelar (PTN) vai se complicando a cada dia. O Ministério Público Estadual (MPE) tem conseguido impedir que alguns descalabros sejam cometidos pela falta de planejamento do chefe da pasta.

Em conversa com o radialista Zé Eduardo, no programa Se Liga Bocão, da rádio Itapoan FM, o vereador Hilton Coelho (Psol) voltou a criticar o programa Alfa e Beto. Membro da comissão de Educação da Câmara Municipal de Salvador (CMS), o psolista não esconde a indignação diante da tentativa de manutenção do secretário e do programa.

De acordo com Hilton, mais de 60% da rede municipal de ensino não aceitou o Alfa e Beto, somado a isso, a recomendação do MPE é de que os recursos aplicados e aqueles que ainda não foram devem ser devolvidos aos cofres públicos. O programa foi orçado em R$ 12 milhões.

O edil comparou o programa ao antigo Mobral, sistema educacional arcaico inspirado em modelos fracassados de algumas escolas dos Estados Unidos que investe na repetição e expressões que não contribuem para modificar uma realidade brasileira colocando o país como um dos piores desempenhos em avaliações internacionais.

“O Brasil é um dos países onde o analfabetismo funcional tem maior expressão. Um dos campeões mundiais nesta abordagem. Estes brasileiros conseguem visualizar o que está escrito, mas não desenvolvem a capacidade de interpretar um texto”.

A confiança que deposita na ação do MPE, da comissão de Educação da CMS e dos movimentos sociais, como a APLB, é inversamente proporcional à direcionada para saída do secretário. A despeito de a situação estar insustentável, Hilton avalia que os acordos feitos durante a campanha que levou ACM Neto ao comando do Poder Executivo municipal devem manter Bacelar na pasta.

“Muitos acordos podem ter sido feito no período eleitoral, pois sabemos que foi apoiado por João Henrique e Bacelar e teriam que cumpri-los a partir da lógica que eles adotam como principio”.

Contudo, a pressão do sindicato, dos movimentos sociais e do MPE podem provocar a primeira baixa no Palácio Thomé de Souza.


Nota originalmente postada às 19h do dia 22

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