Política

Salles diz que Marcell não conhece interior: ‘É um menino da capital’

Bocão News
Embate sobre vaquejada começou antes da posse dos deputados  |   Bnews - Divulgação Bocão News

Publicado em 06/11/2014, às 06h41   Emerson Nunes (Twitter: @emenunes )


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A próxima legislatura promete ferver na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) nos próximos quatro anos, pelo menos no que tange aos deputados eleitos Eduardo Salles (PP) e Marcell Moraes (PV). Antes mesmo de tomar posse, os novos parlamentares entraram em um embate a respeito das vaquejadas no estado. Morais ficou conhecido por polêmicas na Câmara Municipal de Salvador, como a autoria do projeto que tentava proibir a utilização de animais durante os rituais do candomblé e a autoria da lei que multa quem jogar lixo nas ruas da capital, e agora quer acabar com as vaquejadas.


“Esse não é um projeto polêmico. Era assim com os animais de circo também e hoje as pessoas acham normal não ver essa tortura nos circos. Tortura não pode ser cultura. É importante que o governo se preocupe em dar emprego para as pessoas. Enquanto o público ri os animais estão sofrendo”, declarou o verde, ao prometer apresentar um projeto de lei acabando com a prática.

O pepista Eduardo Salles, ex-secretário de Agricultura da Bahia, rebate o futuro colega ao afirmar que a vaquejada é uma extensão da profissão de vaqueiro, regulamentada recentemente no Senado.  “Foi uma coisa muito importante para a Bahia e para o nordeste tornar o vaqueiro regulamentado. Ele faz a vaquejada e lida todos os dias com aquele costume. A vaquejada é a extensão do vaqueiro. É a lida na catinga. Vou apresentar um projeto de regulamentação da vaquejada, para que as regras fiquem claras. Piauí, Alagoas, Ceará e Roraima têm leis estaduais que regulamentam as vaquejadas, feitos com a cumplicidade de todo o setor. Estamos em reunião para saber como privilegiar o setor sem prejudicar os animais. É importante que haja regulamentação”, explicou.


Salles também rebateu as acusações deque os animais estariam sendo “torturados” durante a vaquejada. “Ele não tem embasamento, é um menino da capital, m         as ele não conhece bem o interior. Marcell está confundindo rodeio com vaquejada. Ele não de ser irresponsável a esse ponto e jogar para a torcida. Se ele quer holofote ele vai ter que ter conhecimento. Se na Câmara ele não teve embates com argumentos, na Assembleia ele vai ter um contraponto de quem entende do assunto”, garantiu. 

Para Marcell “falta boa vontade dos deputados” nas causas animais e lança uma ofensiva contra Eduardo Salles que, segundo ele, “teve a campanha financiada por agropecuaristas ou interessados na promoção deste tipo de evento. Com certeza ele vai proteger os interesses privados”.

Salles rebate ao afirmar que não vai “permitir essa leviandade de querer acabar com essas histórias de vida. A pessoa não pode jogar para a torcida como ele está fazendo. O que ele diz é tratamento de marketing. Durante a campanha eu visitei 302 municípios e fui votado em 396.Eu rodei cada povoado. Eu sei o quanto é importante para o povo essa questão da vaquejada. Para os vaqueiros e para a comunidade”, finalizou.


Publicada no dia 5 de novembro de 2014, às 17h33

Classificação Indicativa: Livre

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