Política

Prefeito de Wenceslau Guimarães chama adversário político de "negro safado"

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O prefeito de Wenceslau Guimarães, Carlos Alberto Liotério, é suspeito de cometer ato de injúria racial contra um opositor política no município, Marinaldo de Jesus  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram
Davi Lemos

por Davi Lemos

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Publicado em 30/11/2023, às 20h25


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O prefeito de Wenceslau Guimarães, Carlos Alberto Liotério, conhecido como Kaká, é suspeito de cometer ato de injúria racial contra um opositor política no município, Marinaldo de Jesus. Em um áudio encaminhado à vítima, que registrou boletim de ocorrência na Delegacia Territorial da cidade, Liotério chama Marinaldo de "negro sem vergonha".

O fato ocorreu, segundo o registro policial, na terça-feira (28), quando o prefeito manifestou não ter aprovado conteúdo de vídeo postado nas redes sociais pela vítima e opositor político. "Esse vídeo que tu botou aí, descarado, é mentira tua, negro sem vergonha. Aprende a ser homem, rapaz. Esse posto de combustível não é meu não; se fosse meu, eu não tinha problema nenhum em dizer que é meu não. Agora a área da Palestina que tu está chamando de fazenda, é minha mesmo. Ela tem três hectares, três mil pés de cacau plantados e tem um pouco mais de três mil pés de banana", disse o prefeito, em áudio encaminhado à vítima.

Em outro trecho do áudio a que o BNEWS teve acesso, o prefeito fala: "Eu não sou que nem tu e essa laia de safado que tu acompanha, que as oportunidades que teve na vida pública foi para lesar o dinheiro do povo, deixar funcionário sem pagar, desviar dinheiro do povo, deixar as crianças sem estudar, desviar o dinheiro de obra, desviar o dinheiro público para outras finalidades. [...] Não tenho gato em saco, não, ouviu, negro sem vergonha. Toma vergonha na cara, rapaz. Seja homem, moleque safado".

Em conversa com o BNEWS, Marivaldo de Jesus diz que as agressões verbais começaram em 2020, quando ele disse ter negado apoio político ao prefeito. "Além de prestar queixa na polícia, também irei processá-lo civilmente. Tudo começou porque eu questionei como é que ele, com salário de R$ 14 mil líquidos, está montando três postos de gasolina, compra fazendas", disse Marivaldo de Jesus. Ele ainda relatou que o prefeito o chama de "grileiro de terras públicas" e que o gestor já teria mandando derrubar uma casa dele utilizando tratores.

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