Política

Prefeitura de Salvador fecha acordo por investimentos de museu nacional

Valter Pontes/Secom
O acordo entre a Prefeitura de Salvador e a Amafro aconteceu nesta quinta-feira (1°)  |   Bnews - Divulgação Valter Pontes/Secom

Publicado em 02/06/2023, às 11h40   Cadastrado por Pedro Moraes


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A execução das obras pendentes do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab) ganhou uma novidade importante. Isso porque a Prefeitura de Salvador concretizou, nesta quinta-feira (1º), uma parceria com a Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira (Amafro) para compra de acervo do local.

Dessa forma, o local deve ser concretizado como um dos maiores centros da cultura afro-diaspórica da América. Nesse sentido, o investimento previsto gira em torno de R$ 15 milhões. A assinatura do termo de parceria, no Palácio Thomé de Souza, contou com o prefeito Bruno Reis, com o secretário municipal de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, com a diretora do Muncab, Cintia Maria, e com a gestora administrativa do museu, Jamile Coelho.

Acima de tudo, o Muncab é localizado em dois prédios no Centro Histórico, onde funcionavam o antigo Tesouro do Estado da Bahia e o serviço de assistência pública da cidade.

“A prefeitura vai atualizar o orçamento para, em seguida, celebrarmos um convênio, onde nós vamos executar as obras, tanto para terminar a primeira etapa do prédio, que já está, digamos, 80% finalizado, como para dar início à segunda etapa de restauro e reforma”, explicou o prefeito Bruno Reis. 

Para a diretora do Muncab, a restauração do museu retrata a conquista de um grande atrativo turístico para a capital baiana. “Pensar esse espaço cultural, dinâmico, vivo, conectado com o que tem de mais moderno na cultura afro-diaspórica, com esse viés contemporâneo, é um ganho para a cidade”, destacou Cintia.

Na concepção do secretário de Cultura, a iniciativa retrata a largada da realização de um sonho, uma vez que o projeto do museu possui 20 anos.

“A gente tem aqui um espaço que já tem uma história, de um museu, um sonho, que não se realizou ainda por várias questões. A prefeitura está totalmente dedicada a somar, para que Cintia, Jamile e a comunidade negra façam desse espaço um ponto de referência da cultura negra no Brasil e no mundo”, pontua Tourinho.

Para o titular da Secult, parte da obra será entregue com novo acervo. “A capital afro tem que ter o melhor museu afro do Brasil. É um museu que vai concentrar não só artistas tradicionais, como também jovens artistas negros do Brasil e estrangeiros”, afirmou.

Já para Jamile Coelho, gestora administrativa do museu, o espaço significa o resgate “dessa memória que, infelizmente, para muitos de nós, foi roubada."

"É de fundamental importância em Salvador, a cidade mais negra fora do continente africano, a gente estar fazendo essa parceria para poder entregar ao público esse espaço de memória, mas também de difusão e produção da cultura afro-brasileira”, disse Jamile.

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