Política

Presas trans são retiradas de celas na Colmeia para acomodar bolsonaristas; veja números

Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília
Bolsonaristas presas em atos de terror em Brasília foram para a Colmeia  |   Bnews - Divulgação Foto: Paulo H Carvalho/Agência Brasília

Publicado em 18/01/2023, às 07h15   Cadastrado por Vinícius Dias


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Colmeia é o apelido da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, que recebeu 'novas hóspedes' nos últimos dias após mulheres trans e travestis presas no Complexo Prisional serem retiradas de suas celas para que bolsonaristas presas após os atos terroristas de Brasília no 8 de janeiro serem acomodadas.

No CDP (Centro de Detenção Provisória) 2, no complexo da Papuda, alguns dos 894 homens presos no ato golpista e no acampamento em frente ao QG do Exército estão dormindo no chão —pois não há colchão para todos.

Ao todo, 488 bolsonaristas foram transferidas para a Colmeia. Dois blocos foram abertos no CDP2 para receber os novos presos, cerca de 1400 bolsonaristas.

Em cada cela, ficam, em média, de 16 a 22 pessoas. Mas as convencionais —maiores— não foram suficientes, segundo o defensor público Felipe Zucchini afirma ao Uol.

Já na Colmeia, as celas maiores abrigam de 12 a 16 mulheres —mas também não havia espaço e estrutura para as novas presas. Dezessete mulheres trans e travestis foram transferidas para locais menores, onde antes ocorriam as visitas íntimas.

Todos os presos e as presas receberam kit higiene —que foi alvo de reclamações. "A queixa é pela má qualidade em relação ao sabão em pó, pasta de dente. São problemas que não são novos", ressaltou o defensor. "O que tem chamado atenção, na verdade, é a falta de toalhas para todos e todas."

Classificação Indicativa: Livre

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