Política

Presidente do PT-BA sai em defesa do MST após integrantes do movimento invadirem fazendas na Bahia

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Presidente do PT baiano disse que a ausência de uma reforma agrária no país motiva divergências  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 03/03/2023, às 15h40   Eduardo Dias


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O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia (PT-BA), Éden Valadares, comentou nesta sexta-feira (3), os recentes casos de invasão de propriedades por parte de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Bahia.

Segundo o petista, a mobilização no no Extremo Sul tem como objetivo protestar contra os danos ambientais causados pela monocultura do eucalipto na região. Para Éden, os movimentos sociais reconquistaram o direito de se manifestar com a retomada do ambiente democrático no Brasil na gestão de Lula.

“O ambiente do governo Bolsonaro de perseguição a indígenas, agricultores familiares e quilombolas não permitia aos movimentos sociais retomar essa agenda, que é uma agenda de protesto, não é uma agenda de retomar a terra. É uma agenda de protesto legítima e totalmente vinculada aos desafios do meio ambiente do século 21. No caso específico das fazendas no Extremo Sul, é chamar atenção para a crise crime ambiental, e cabe ao governo do presidente Lula, ao ministro Paulo Teixeira fazer a mediação desses interesses ou ter essa contradição, acho que tudo dentro da maior normalidade democrática”, disse Éden.

O presidente do PT baiano disse ainda que a ausência de uma reforma agrária no país motiva divergências.

“Há um conflito agrário no Brasil secular com relação a ausência de uma reforma agrária histórica no Brasil – quase todos os outros países da América produziram algum tipo de reforma agrária que democratizasse acesso à sua terra mesmo os Estados Unidos e Canadá, e no Brasil não. Então, talvez seja o país de maior número de latifúndios nas Américas”, concluiu.

Nesta sexta, integrantes do MST foram expulsos de uma fazenda por produtores em Jacobina. O acampamento com cerca de 150 pessoas do Movimento foi desarticulado por um grupo de produtores e moradores que iniciaram um confronto com os manifestantes. 


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