Política
Publicado em 19/11/2024, às 09h55 Cadastrado por Daniel Serrano
O general Mário Fernandes, preso durante uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta terça-feira (19), recebia um supersalário na Câmara, no gabinete do deputado Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde do governo de Jair Bolsonaro. A informação é da coluna de Paulo Cappelli, no site Metrópoles.
Secretaria-Geral da Presidência da República na gestão Bolsonaro, Fernandes é apontado como o integrante de um grupo que planejava dar um golpe de Estado e assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em 2022.
De acordo com a publicação, Mário Fernandes foi nomeado em março de 2023 para um “cargo de natureza especial” no gabinete de Pazuello. Um dos prerrequisitos para ser nomeado para a função é ter superior completo. O salário é de R$ 15,6 mil, o segundo maior do tipo na Casa.
Ele ficou no cargo até março deste ano, quando foi exonerado a pedidos da liderança do PL na Câmara dos Deputados. Fernandes é citado no inquérito que investiga Bolsonaro, ex-ministros e integrantes das Forças Armadas por planejar um golpe de Estado para impedir a posse de Lula e havia sido proibido por Alexandre de Moraes de ocupar cargos públicos.
Além dele, a Operação Contragolpe, deflagrada pela PF, prendeu outros quatro envolvidos no plano: o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo, o major Rafael Martins de Oliveira e o policial federal Wladimir Matos Soares.
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