Política

PT discute chapa própria ou aliança em capitais para as eleições de 2024

Ricardo Stuckert
A movimentação ocorre após o partido não ter conseguido eleger nenhum prefeito em capitas no pleito de 2020  |   Bnews - Divulgação Ricardo Stuckert
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 30/04/2023, às 10h40


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O PT vem realizando reuniões internas para definir a estratégia para a disputa das eleições para as prefeituras nas capitais do país. Em 2020, o partido não conseguiu eleger nenhum prefeito pela primeira vez desde a redemocratização. Para mudar esse cenário, além da volta de Lula à presidência, a sigla debate sobre a possibilidade de candidaturas próprias ou formar alianças.

Em São Paulo, a permanecia de Laércio Ribeiro na presidência do diretório fortalece a possibilidade de o PT apostar em um apoio à candidatura do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL). Isso porque Ribeiro é mais próximo da ala petista liderada pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, que vem articulando uma aliança entre o psolista e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.   

No Rio de Janeiro, o partido avalia a possibilidade de apoiar a candidatura de Eduardo Paes (PSD) à reeleição. No entanto, o PT pode tomar outro caminho. O deputado carioca Lindbergh Farias defende que a sigla faça oposição a Paes e apoie uma chapa do PSOL. Já o também deputado Washington Quaquá quer que o PT faça acordos mais amplos fora da esquerda.

A capital fluminense não é a única em que o PT pode apoiar um nome do PSD. Essa possibilidade também pode ocorrer em Belo Horizonte, onde Fuad Noman deve concorrer à reeleição. O acordo ainda depende de um entendimento entre diferentes setores do partido e de uma aprovação do antecessor de Fuad, Alexandre Kalil, que renunciou à prefeitura em 2022 para disputar o governo. Nesse processo, Kalil se aproximou de uma ala do PT que rivaliza com o ex-governador Fernando Pimentel (PT), ainda influente na capital.

Já para Salvador, o diretório do PT apresentou três possíveis candidatos à prefeitura: o deputado estadual Robinson Almeida, a socióloga Vilma Reis e a presidente da Funarte, Maria Marighella. Também existe a possibilidade de o partido apoiar uma candidatura de uma sigla da base como MDB do vice-governador Geraldo Júnior.

Por outro lado, o PT vem dando sinais que de que deve ter candidatura própria em duas capitais: Fortaleza e Porto Alegre. Na capital gaúcha, o atual presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, é o favorito para encabeçar uma chapa com o PSOL. No entanto, outras alas da legenda defendem uma aproximação siglas como o PCdoB, da ex-deputada Manuela D’Ávila, ou preferem o ex-governador Olívio Dutra (PT) dispute a prefeitura.

Em Fortaleza, após o racha com PDT na última eleição, o PT estuda lançar uma candidatura para rivalizar com o atual prefeito Sarto Nogueira (PDT). Dois nomes estão na disputa para ser o candidato petista: a deputada federal e ex-prefeita Luizianne Lins (PT) e o líder do partido na Câmara, José Guimarães.

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