Política

Receita Federal aponta para indícios perseguição contra desafetos de Bolsonaro

Alan Santos/PR
Em 2019, o então chefe da inteligência do órgão teria copiado dados sigilosos de Eduardo Gussem, Paulo Marinho e Gustavo Bebianno  |   Bnews - Divulgação Alan Santos/PR
Daniel Serrano

por Daniel Serrano

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Publicado em 01/03/2023, às 15h21


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A Receita Federal emitiu uma nota nesta quarta-feira (1ª) em que aponta indícios de um suposto esquema de perseguição contra desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o jornal Folha de São Paulo, em julho de 2019, o então   coordenador-geral de Pesquisa e Investigação da Receita,  Ricardo Feitosa, teve acesso e fez copias de dados fiscais sigilosos de três pessoas sem justificativa legal.

Os três opositores do ex-presidente em questão são o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, que coordenou as investigações sobre o suposto esquema das “rachadinhas” no gabinete de Flávio Bolsonaro, e os políticos Paulo Marinho e Gustavo Bebianno, ex-aliados de Bolsonaro.

Na nota divulgada nesta quarta, a Receita diz que o secretário especial Robinson Barreirinhas e outros três servidores assinaram um documento de uma reunião realizada em janeiro de 2023 com “relato de fatos e eventos que podem, em tese, configurar ilícito a ser devidamente apurado”.

O documento é de autoria do corregedor da Receita, João José Tafner. Ele alega ter sido pressionado pelo comando do Fisco em 2022 para que fosse arquivado um processo disciplinar contra Feitosa por ter acessado de forma ilegal os dados de Gussem, Marinho e Bebianno.

Além do trio, o próprio Tafner pode ter sido alvo de um processo de prevaricação por não ter denunciado a pressão na época.

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