Política

Regra fiscal: Lula dá ordem a Fernando Haddad, que sofre 'fogo amigo' do PT; entenda

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
Fernando Haddad apresentou nova regra fiscal a Lula em reunião com Tebet, Rui Costa, Dweck e Alckmin  |   Bnews - Divulgação Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Publicado em 20/03/2023, às 07h27   Cadastrado por Vinícius Dias


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Ministro da Fazenda do Governo Federal, Fernando Haddad (PT) recebeu um pedido direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após reunião de apresentação da nova regra fiscal, que vai substituir o teto de gastos. Além disso, Haddad recebeu fogo amigo do seu próprio partido.

A reunião aconteceu na sexta-feira (17) e teve, entre os presentes, ministrar como Simone Tebet (MDB, Planejamento e Orçamento), Rui Costa (PT, Casa Civil), Geraldo Alckmin (PSB, Indústria e Comércio) e Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos).

Lula pediu para que Haddad amplie a conversa com economistas e com o mundo político. Segundo o jornal Folha de São Paulo, Lula recomendou que o Tesouro Nacional faça cálculos sobre o impacto de um dos pontos da proposta, além de pedir detalhamentos adicionais e simulações.

O presidente pediu ao ministro que converse com mais economistas e ouça os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). Uma nova reunião deve acontecer nesta segunda-feira (20).

Presidenta do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann puxou o coro do fogo amigo. Publicamente, ela afirmou que é necessário aumentar os investimentos públicos, o que significa que a proposta de novo marco fiscal deveria ser flexível em relação a certos gastos.

"Se é verdade que a economia crescerá menos este ano, segundo indicadores divulgados pelo governo, precisamos então aumentar os investimentos públicos e não represar nenhuma aplicação no social. Em momentos assim, a política fiscal tem de ser contracíclica, expansionista", afirmou.

Há pressão também de ministros da ala considerada mais política do governo para que a nova regra fiscal não seja rigoroso a ponto de barrar investimentos em obras públicas, consideradas importantes para o desempenho da gestão Lula.

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