Política

Relação entre Lula e Arthur Lira ainda é marcada por desconfiança; entenda

Jefferson Rudy / Agência Senado
Aliança de Lula com o Lira começou a ser montada no mesmo dia da vitória do presidente sobre Bolsonaro  |   Bnews - Divulgação Jefferson Rudy / Agência Senado

Publicado em 17/12/2023, às 08h44   Cadastrado por Edvaldo Sales


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A relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), continua marcada por desconfiança, críticas e tensionamento de lado a lado. As informações são da Folha de S. Paulo.

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A aliança do petista com o Lira começou a ser montada no mesmo dia da vitória do presidente sobre Jair Bolsonaro (PL), em 2022. Apesar disso, e mesmo contando com o apoio de partidos que somam 370 dos 513 deputados, mais do que suficiente para aprovar emendas à Constituição, o presidente encerrou a última semana com uma série de derrotas em votações.

Houve, por exemplo, a derrubada pelo Congresso de vetos de Lula ao marco temporal das terras indígenas, à desoneração da folha de pagamentos e à lei que muda as regras de funcionamento do Conselho Administrativo de Recursos Fazendários (Carf).

No último sábado (16), o próprio presidente da República expôs, em São Paulo, as dificuldades no Legislativo apesar dos cargos e verbas a partidos aliados. Ele classificou a aprovação da reforma tributária como "fato histórico" em um Congresso em que o Executivo tem minoria.

De acordo com o jornal, aliados de Lira afirmam que todas as caneladas dadas pelo presidente da Câmara no governo têm explicação não em uma indisposição pessoal do parlamentar, mas no fato de que o governo acertou a distribuição de cargos e verbas do Orçamento, as chamadas emendas parlamentares, e não tem entregado o que prometeu.

Ainda segundo a Folha de S. Paulo, do lado do governo, contudo, em especial no PT, o discurso é o de que o governo já entregou todos os anéis e até alguns dedos. A matéria cita, por exemplo, as emendas parlamentares, que ficarão em torno de R$ 50 bilhões no ano que vem, valor bem próximo do que o Executivo tem para investir livremente, R$ 70 bilhões.

Além disso, dizem que o centrão quer, em suma, voltar ao modelo Bolsonaro, quando o então presidente entregou a Lira e seu aliados praticamente toda a gerência direta da distribuição de cargos federais e das emendas parlamentares.

Mesmo diante disso, petistas do Congresso evitam criticar Lira em pública. Eles acreditam que seria impossível Lula governar sem o apoio dele.

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