Rui Costa assina nomeação de ex-assessor de Cunha e funcionário de Bolsonaro para o governo Lula

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou um ex-assessor do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PL) para um cargo no segundo escalão do Executivo. O ex-assessor também atuou em uma série de gabinetes no governo passado, chefiado por Jair Bolsonaro (PL).

Eduardo Cunha foi o principal articulador e figura pública do processo que acabou com o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016.

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O homem em questão é Carlos Henrique Menezes Sobral, nomeado para ocupar o cargo de secretário de Sustentabilidade, Desenvolvimento Territorial e Infraestrutura em Turismo, do Ministério do Turismo. A publicação aconteceu na última terça-feira (24).

A pasta é comandada por Daniela Carneiro (União Brasil), também conhecida como Daniela do Waguinho, ministra que provocou desgaste no governo durante os primeiros dias da nova gestão por sua ligação política com milicianos no Rio de Janeiro.

A nomeação foi assinada pelo titular da Casa Civil, Rui Costa (PT), ex-governador da Bahia. Sobral, de acordo com o jornal Folha de São Paulo, é um quadro indicado pelo MDB, apadrinhado pelo ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (MDB). Geddel foi um dos nomes fundamentais para a aliança do PT com o MDB na eleição para o governo da Bahia.

O MDB era aliado de ACM Neto (União Brasil), ocupando espaços dentro da prefeitura de Salvador, hoje chefiada por Bruno Reis (União Brasil). A legenda deixou a base carlista e rumou para o Governo, indicando o nome do então presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior (MDB) para a vice-governadoria na chapa encabeçada por Jerônimo Rodrigues (PT) - que acabou eleita.

Sobral atuou como diretor parlamentar e federativo da Secretaria Executiva no governo Bolsonaro, subordinado aos comandos de Osmar Terra (MDB) e depois com Onyx Lorenzoni (PL).

Depois, foi assessor especial do ministro Marcelo Queiroga (Saúde). Sua última passagem na gestão de Bolsonaro foi como secretário-executivo da Secretaria de Governo, o que significa o número 2 da pasta então comandada por Flávia Arruda. Ele foi, inclusive, cotado para assumir a pasta no lugar a ex-ministra.