Saiba o que aconteceu com o homem que atropelou diversos bolsonaristas em manifestação

O motorista que viralizou na internet no início de novembro, por atropelar um grupo em uma manifestação bolsonarista, foi denunciado por 16 tentativas de homicídio pelo Ministério Público.
O condutor do veículo foi preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São José do Rio Preto, São Paulo, de forma preventiva. 

O promotor do caso, Hérico William Alves Destéfani, segundo a denúncia, entendeu que o motorista assumiu o risco de matar 14 indivíduos e dois policiais militares na ação. Dentre os civis, havia 2 crianças. 

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De acordo com o Ministério Público, a promotoria entendeu que os crimes foram cometidos a partir de meio que dificultou a defesa das vítimas, e não se consumaram por circunstâncias alheias à vontade do motorista. 

O capitão da Polícia Militar Rodoviária de Rio Preto, Maurício Noé Cavalari, informou que uma negociação para desobstruir a rodovia estava sendo realizada quando o atropelamento aconteceu.

“Alguns manifestantes chegaram a deitar na rodovia. Não houve uso de força, mas um condutor arrancou bruscamente sobre as pessoas. Ele só parou quando os policiais fizeram a abordagem”. 

Carlos Enrique Forner,  coronel do Comando de Policiamento do Interior 5 (CPI-5), relatou que bolsonaristas tentaram agredir o motorista que atropelou o grupo, mas foram impedidos por equipes da corporação. O veículo do suspeito foi danificado. 

"Os manifestantes estavam na pista, fazendo uma manifestação pacífica, quando um dos motoristas investiu. A própria polícia fez a abordagem. Tínhamos a preocupação porque os manifestantes queriam linchar o motorista". 

O motorista do carro que atropelou o grupo foi preso em flagrante, levado à delegacia de Mirassol e encaminhado à Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Rio Preto. Ele teve a prisão convertida em preventiva no dia 3 de novembro.

A advogada do motorista, Priscila Furlaneto, relatou ter apresentado habeas corpus para revogar a prisão preventiva dele.