Política
Reprodução PT
Uma rede de mistérios cerca as recorrentes viagens do vice-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Washington Quaquá, à ilha de Cuba. Ao que tudo indica, o petista tem se reunido com autoridades cubanas em busca de negócios próprios que favoreçam amigos e aliados.
Em seis meses, Quaquá já viajou duas vezes para Cuba. A primeira ocorreu logo após resultado da campanha eleitoral, em um tipo de comemoração com amigos. Já a segunda, ocorrida no final de abril e custeada pela Câmara dos Deputados, foi feita na companhia de outros três parlamentares e de empresários amigos.
De acordo com apuração do colunista Rodrigo Rangel, do Metrópoles, Quaquá teria afirmado que aproveitou a viagem para “prospectar negócios”. “A gente foi identificar uma série de oportunidades que tem lá e vamos começar a prospectar gente para fazer investimento lá”, disse.
Ainda de acordo com a coluna, estes negócios são em benefício de empresários conhecidos, que podem lhe render dividendos políticos em seu reduto eleitoral, o município de Maricá, no Rio de Janeiro.
No entanto, o petista faz mistérios sobre quais tipos de negócios e quais empresários estariam envolvidos nas articulações com os cubanos. Sabe-se até o momento que um dos negócios costurados pelo vice-presidente petista com o governo cubano foi um acordo de cooperação entre a estatal cubana de biotecnologia, a BioCubaFarma, e o Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá.
De acordo com o Metrópoles, “acordo prevê o desenvolvimento e a produção, em Maricá, de uma vacina para diabéticos que ajuda em processos de cicatrização e evita casos de amputação. Uma empresa privada brasileira já foi escolhida para participar do negócio”. “O nome não pode ser dito, porque tem confidencialidade”, afirma o deputado, fazendo mistério.
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