Salvador

Professores rejeitam proposta de Bruno Reis e mantêm suspensão de aulas presenciais

Divulgação
97,5% da categoria concordou em manter as aulas apenas no esquema remoto  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 05/05/2021, às 17h18   Henrique Brinco


FacebookTwitterWhatsApp

Professores da rede municipal de Salvador decidiram manter a suspensão de aulas presenciais após uma reunião com o prefeito Bruno Reis (DEM), na manhã desta quarta-feira (5). A diretora da APLB Sindicato, Elza Melo, informou ao BNews que o gestor defendeu o retorno sob o argumento de que a categoria está sendo imunizada com a vacina da Astrazeneca, que tem 86% de eficácia na primeira dose. Os trabalhadores, contudo, afirmam que só voltam após a aplicação da segunda dose e o período de imunização.

Após o encontro, uma reunião da categoria foi realizada no início da tarde e 97,5% da categoria concordou em manter as aulas apenas no esquema remoto. "A gente não concorda. Uma segunda questão aliada a isso são as condições das escolas, que não estão com as estruturas adequadas para a retomada das aulas e não estão cumprindo os protocolos de segurança", declarou Elza para a reportagem. Haverá uma nova reunião na próxima segunda-feira, às 14h, para definir as novas diretrizes do movimento.

O intervalo de imunização da vacina da Astrazeneca é de três meses. Na última terça-feira (4), a prefeitura de Salvador anunciou que vacinará contra a Covid-19 todos os trabalhadores da Educação da cidade. A medida atende a decisão do juiz Ruy Eduardo de Almeida Britto, que acatou pedido feito pelo Instituto de Gestão Pública (IBGP). O cronograma anterior contemplava apenas trabalhadores a partir de 40 anos de idade.

Mais cedo, a gestão municipal anunciou que Salvador foi a primeira cidade no Brasil a vacinar 100% dos trabalhadores da educação. "Além de imunizar toda a comunidade escolar, temos protocolos rigorosos em todas as nossas unidades e os números da pandemia estão estáveis. Se esses números voltarem a crescer, eu serei o primeiro a voltar atrás e fechar novamente. Mas precisamos dar esse passo, precisamos avançar", afirmou Bruno Reis, no comunicado.

O Secretário Municipal de Educação, Marcelo Oliveira, também fez um apelo para que o sindicato não politize o assunto. "As crianças precisam estar no centro de nossas discussões e decisões. Estamos comprometendo três anos letivos e as consequências para o futuro dessa geração são incalculáveis. Não podemos cometer esse erro, essas crianças não podem pagar um preço tão alto. Não é justo com as nossas crianças!".

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp