Salvador

Seinfra não vê efeito da alta do asfalto em Salvador e diz acreditar em estabilização do preço

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Secretário aponta que reajustes recentes no valor do insumo coincidiram com a fase de chuvas na capital baiana, quando a prefeitura reduz o número de intervenções asfálticas  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Facebook/Seinfra

Publicado em 06/08/2021, às 14h34   Léo Sousa



O secretário de Infraestrutura e Obras Públicas de Salvador, Luiz Carlos (Republicanos), avalia que o município não sentiu os efeitos da alta no preço do asfalto. Apenas no mês de maio, o reajuste no valor do insumo foi de 25%.

De acordo com a Associação das Empresas Distribuidoras de Asfalto (Adeba), o aumento é o maior dos últimos anos. No final dos meses de janeiro e julho, também houve reajustes, de 9% e 6,5%.

Na avaliação do titular da Seinfra, no entanto, as majorações recentes não foram sentidas pelo município porque coincidiram com a fase de chuvas na capital baiana, quando a prefeitura reduz consideravelmente o número de intervenções asfálticas.

"A prefeitura, nesse período chuvoso, não realiza asfaltagem de novas vias, nem o recapeamento. A gente faz recuperação ou manutenção das existentes. Sempre há uma programação da prefeitura de fazer isso após o período chuvoso", explicou, em entrevista ao BNews.

Segundo Luz Carlos, quando o "período de sol" retornar, a gestão municipal vai elaborar a programação de novas asfaltagens e estudar "se vai ter problema ou não" com a alta do asfalto.

O secretário, entretanto, está otimista quanto à evolução do preço do insumo. "Eu acredito que agora o que já teve que subir acredito que já chegamos num topo e agora a tendência é estar numa estabilização, no máximo uma estabilização e declínio", afirma.

Contramão

O cenário da Secretaria de Infraestrutura municipal é contrário ao observado pela pasta estadual, responsável por construções de rodovias e outras intervenções.

Ao BNews, o titular da Seinfra Marcus Cavalcanti avaliou que o aumento do preço do asfalto tem atrasado e encarecido obras no estado.

Outro reflexo da alta do insumo, de acordo com o secretário de governo, é o aumento no número de processos licitatórios sem interessados em enviar proposta.

Segundo dados da secretaria estadual de Infraestrutura, o número de licitações "desertas", como são chamadas, da Seinfra em 2021 já é maior que em todo o ano de 2019.

"Quando a empresa está fazendo a proposta, não sabe o preço que vai colocar [...] Não tem previsibilidade de período e percentual [dos reajustes no preço do asfalto]", explica Cavalcanti.

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