Salvador

Crise no transporte público: Bruno Reis prevê manifestações iguais de 2013 no próximo ano 

Dinaldo Silva / BNews
Bnews - Divulgação Dinaldo Silva / BNews

Publicado em 27/10/2021, às 11h01   Luiz Felipe Fernandez e Victor Pinto


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O crescente valor dos combustíveis tem gerado desconforto e o brasileiro tem sentido o peso no bolso. Manifestações começam a acontecer em várias partes do País, inclusive em Salvador. Essa medida impacta a operação do transporte público, principalmente o ônibus abastecido por diesel. Em março do ano que vem já tem previsão do aumento da passagem e o encarecimento vai causar ainda mais inconformismo. Indagado sobre o assunto, o prefeito Bruno Reis (DEM) previu, caso o assunto não seja pacificado, protestos constantes no estilo dos ocorridos no ano de 2013.

Reis se refere ao protesto deflagrado no País, no período da Copa da Confederações, contra o aumento da passagem de ônibus e resvalou para manifestações de cunho eleitoral. O prefeito afirmou que o presidente Jair Bolsonaro precisa entrar nessa pauta. 

“Vai ter que enfrentar os problemas reais do Brasil a exemplo do subsídio do transporte público. Eu estou avisando a vocês que ano que vem pode ocorrer aquela cena de dois mil e treze vocês, lembram? As manifestações por causa de um aumento de dez centavos do transporte público e ano que vem vai ser como?”, indagou em conversa com a imprensa na manhã desta quarta-feira (27).

“Prefeito aqui diversas vezes pra me reunir com o Presidente da República com o Paulo Guedes, com o Rogério Marinho, com Arthur Lira, com Rodrigo Pacheco. Talvez não tenha um prefeito no Brasil que esteja defendendo tanto essa pauta como o prefeito de Salvador. Chamando a atenção para o problema do transporte público”, completou. 

O prefeito classificou o problema como uma “bomba relógio que está prestes a explodir”. 

“Não tem jeito e vocês tem exemplo aqui de Salvador. Nós tivemos que assumir por mais de um ano, primeiro a intervenção que foi de junho a março desse ano, depois da execução de direta de março a outubro porque nenhuma empresa queria operar o sistema que é deficitário. Depois de muito sacrifício, de muita luta as empresas locais aceitaram assumir emergencialmente as linhas que a prefeitura não tinha mais condições operar enquanto a gente concluir a licitação definitiva. E aí? Na licitação definitiva tem gente interessada em operar? Lhe digo assim muito provavelmente não. Muito provavelmente não”, disse em tom de desabafo. 

O prefeito se refere a crise da CSN que operava uma importante bacia do transporte público de Salvador, que sofreu intervenção e agora tem a operação rateada com outras linhas

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