Política

Teto de Gastos: Lula quebra silêncio sobre aumento do dólar após suas falas

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Lula deu declarações sobre aumento do dólar em encontro com ONGs na COP27  |   Bnews - Divulgação Foto: Ricardo Stuckert

Publicado em 17/11/2022, às 11h38   Cadastrado por VD


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Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quebrou o silêncio sobre o aumento do dólar que aconteceu após ele comentar sobre a expectativa de furar o teto de gastos. Lula está no Egito, participando da COP27, conferência do clima da ONU que ocorre em Sharm el-Sheikh.

Na manhã desta quinta-feira (17), ele participou de um encontro com ONGs da sociedade civil brasileira.

"Se eu falar isso vai cair a bolsa, vai aumentar o dólar? Paciência", disse Lula, completando que a flutuação dos índices não acontece "por causa das pessoas sérias, mas por conta dos especuladores que ficam especulando todo santo dia".

Ele completou: ""Nós temos que cumprir meta de inflação, sim. Mas nós temos que ter meta de crescimento. Nós temos que ter algum compromisso de crescimento, de geração de emprego, se não, como você vai fazer para que a riqueza seja distribuída? Nós temos que garantir que vamos aumentar o salário mínimo acima da inflação".

Lula voltou a tecer críticas ao teto de gastos e afirmou que pretende furar a medida em nome do que classificou como responsabilidade social.

"Quando você coloca uma coisa chamada teto de gastos tudo que acontece é você tirar dinheiro da saúde, tirar dinheiro da educação, tirar dinheiro da ciência e tecnologia, tirar dinheiro da cultura. Você tenta desmontar tudo aquilo que faz parte do social. E você não mexe em um centavo do sistema financeiro. Você não mexe um centavo daquele juro que os banqueiros têm que receber."

Na quarta-feira (16), o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), após semanas de negociação,
apresentou a minuta da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Transição, na qual há a proposta de retirar o programa Bolsa Família do teto de gastos de forma permanente.

A medida é considerada necessária para evitar um apagão social no ano que vem, já que a proposta de Orçamento enviada em agosto pelo governo Jair Bolsonaro (PL) assegura apenas um valor médio de R$ 405,21 para os beneficiários, além de impor cortes severos nas verbas para a habitação e no Farmácia Popular.

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