Política

Titular da Secult estadual, Bruno Monteiro quebra silêncio sobre fala de Pedro Tourinho em relação ao tratamento do Estado a artistas

Paulo M. Azevedo/BNews
Secretário estadual afirmou que entrou em contato com Tourinho "para entender seu posicionamento"  |   Bnews - Divulgação Paulo M. Azevedo/BNews

Publicado em 18/01/2023, às 14h08   Cadastrado por Eduardo Dias


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O secretário da Cultura da Bahia (Secult), Bruno Monteiro, se pronunciou nesta quarta-feira (18) sobre a afirmação do titular da Secult Municipal de Salvador, Pedro Tourinho, que declarou, em entrevista à Rádio Metrópole, que o “Estado trata os artistas como pedintes”.

Em forma de crítica, Tourinho disse que os artistas não são tratados como empreendedores culturais. “O foco é o entendimento que a cultura é uma atividade econômica. O artesão é um empreendedor cultural, mas o Estado tem tratado os artistas como pedintes. É o fomento que não estimula o desenvolvimento econômica, mas que segura a onda. Ainda não tem a visão de criar um ecossistema econômico para que o sujeito possa viver de cultura, sem participar de edital”, disse.

Bruno comentou a fala afirmando que entrou em contato com Tourinho para entender melhor seu posicionamento.

"Assim que vi a repercussão da entrevista, entrei em contato com o secretário municipal, que é meu amigo, para entender seu posicionamento. Ele me explicou, e depois tornou público o esclarecimento, que sua fala era sobre o desenvolvimento econômico da cultura e que fez uma crítica ao sistema estatal como um todo, não ao Governo do Estado", explicou bruno.

Tourinho publicou em seu Twitter uma retratação de sua fala após a repercussão negativa, alegando ser uma crítica ao funcionamento do Estado, não somente ao da Bahia, mas especificamente às instituições de Estado, federal, estadual e municipal incluídos.

Para Bruno Monteiro, seu entendimento é que o fomento com recursos públicos "precisa ser horizontal e obedecer a critérios transparentes. Afinal, a aplicação do dinheiro público está sujeita a um regramento legal e à fiscalização pelos órgãos de controle, em todo o país".

"É claro que há limitações e estamos sempre dispostos a avaliar as políticas para aprimorá-las. Temos estudado e debatido formas para investirmos na qualificação dos gestores e produtores para que possam melhorar seus processos de formulação de projetos e prestações de contas, por conhecermos as dificuldades que enfrentam. Esse é um dos principais pontos do diálogo que tenho tido com gestores culturais de outros estados e federais, no âmbito da regulamentação da Lei Paulo Gustavo", completou Bruno.

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