Política
Edil confirmou relação com a suposta vítima, mas negou agressões - Reprodução | Redes Sociais
Após ser acusado de agressão por uma suposta amante, identificada como Shirley Leite, o vereador da cidade de Queimadas, André de Maurinho (PSD), entrou em contato com o Bnews e contou a sua versão dos fatos.
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Sobre a relação que ele teria com a vítima, o edil confirma que teve realmente um caso extraconjugal com a vítima e que a teria sido de "idas e vindas". No entanto, ele nega que a situação tenha durado três anos.
"Ela está falando para todo mundo que teve três anos de caso comigo e não teve. Eu tenho provas aqui no Whatsapp, tenho todas as provas do mundo. Tenho testemunha ocular, vídeos, áudios, ameaças de morte... o que precisar, eu tenho", afirmou Maurinho.
De acordo com Shirley, na madrugada de sexta para sábado, o vereador teria ido buscá-la em casa e, após ela entrar no caso, ele teria a levado para uma rua e agredido-a. A situação, segundo Maurinho, teria sido diferente.
O vereador conta que a mulher teria falado com um amigo dele para ambos se encontrarem, mas o pedido foi rejeitado por ele. Após insistência da parte de Shirley, eles teriam conversado e ela chegou a ameaçar expor o filho do edil.
"Ela disse que queria falar comigo e que era 'para o meu bem'. Peguei o telefone e ela pediu para eu ir encontrar com ela, mas eu disse que não tínhamos nada para conversar. Ela falou que se eu não fosse, ela iria para a porta do colégio de meu filho fazer um barraco e expor ele. Meu filho tem problema de ansiedade e teve início de depressão na pandemia. Pedi que ela não fizesse isso, para não envolver outras pessoas", relatou.
André de Maurinho diz que sugeriu marcar de encontrar com ela na segunda-feira, mas ela não teria aceitado. "Depois ela me ligou com mais calma, dizendo que queria conversar uma última vez para a gente 'resolver bem' e eu fui", disse.
Segundo o vereador, quando ele parou o carro, a mulher teria corrido nua em direção ao automóvel, entrado no veículo e pulado em cima dele. Após tentar se desvencilhar, as agressões teriam começado, mas por parte dela.
Quando ela pulou, empurrei e perguntei se ela estava louca. Eu disse que a gente não tinha mais nada e que teria ido apenas para conversar. Nisso, ela tentou morder meu dedo e eu puxei, ela tentou arranhar meu rosto e eu segurei a mão dela. Fiquei cheio de marcas de unhas", descreveu o edil.
Maurinho conta que chegou a pedir ajuda a uma amiga de Shirley, de prenome Vitória, e que esta pessoa confirma a versão apresentada por ele. O vereador garante que tem mais testemunhas, inclusive de vizinhos que presenciaram o momento.
O vereador conta ainda que a amante teria danificado seu carro com "murros e tapas". Ele pediu ajuda para um amigo policial em Queimadas, mas, segundo André de Maurinho, o amigo disse que não chamaria mais equipes porque a mulher era "amiga de policiais" e poderia prejudicar o edil.
No mesmo dia, André de Maurinho realizou exame de corpo de delito, no Hospital Municipal de Queimadas, e registrou boletim de ocorrência na Central de Flagrantes. O Bnews teve acesso a ambos os documentos do vereador.
A vítima também fez boletim de ocorrência, mas na segunda-feira, mesmo dia em que ambos compareceram na Delegacia para "mudar alguns termos do depoimento". Neste momento, eles teriam tido um novo desentendimento e foi quando Shirley fez a gravação do vídeo que foi compartilhada nas redes sociais.
André de Maurinho é responsável por ter sido o autor de uma Lei Municipal que prega que aquele que praticar ato disposto na Lei Maria da Penha poderá perderá o cargo e ficará inelegível. Com isso, existe a possibilidade de André de Maurinho ter o mandato cassado pela própria lei.
Para o vereador, as atitudes de Shirley podem estar relacionadas ao desejo que o vereador perca o seu mandato ou também questões de circunstância financeira. No entanto, ela afirma que não vai tentar oferecer nada para Shirley retirar a queixa.
"Ela pode estar interessada em me fazer mal para perder o mandato, mas também pode ser interesse em dinheiro. Me pediram que pagasse para ela ficar quieta, mas disse que não vou fazer. Não vou pagar pelo que não fiz. Vou até as últimas circunstâncias", concluiu.
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