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Vereador não explica ligação com assessora presa por tráfico de drogas
Na terça-feira (17), todos as atenções se voltaram para o centro de Salvador, mais precisamente na Rua Rui Barbosa, Ed Bahia Center, gabinete 01, onde fica o QG do vereador Marcelo Maia (PMN). Com mandado de busca e apreensão, policiais federais e civis deram uma incerta no local. O alvo foi a assessora do vereador, Fabiana Dias, presa pouco tempo antes, em um apartamento no bairro de Itapuã.
Segundo a polícia, Fabiana e o ex-companheiro Ricardo 'Cabeção' têm envolvimento com o tráfico de drogas. Não há, segundo a delegada-chefe, Heloísa Brito, o envolvimento do parlamentar. No entanto, o vereador que teve 3.460 votos, deve explicações sobre a assessora. Afinal, o salário de todo funcionalismo público - concursado ou comissionado - é fruto do recolhimento de impostos de todos.
Esta colunista encaminhou uma série de perguntas sobre o episódio, mas o vereador não quis respondê-las.
Perguntas que Marcelo Maia precisa responder
Abaixo as perguntas enviadas à assessoria do parlamentar:
- Fabiana participou da campanha dele? Se participou, desempenhava que função?
- Foi por meio da campanha que ela chegou até o mandato?
- Qual a função dela no gabinete?
- Por que o nome dela não está na relação de servidores da Câmara, disponibilizada no portal do Legislativo?
- Ela é terceirizada?
- Se for, qual o nome da empresa?
- Qual o valor do salário dela?
- Ele percebeu algum comportamento diferente de Fabiana?
- Ela está no mandato desde o início? Quanto tempo?
- Ela chegou a apresentar o ex-companheiro - também preso - ao gabinete ou ao vereador?
Em resposta, a assessoria enviou a seguinte nota: “o vereador não tem nenhuma declaração. No momento, a polícia segue cuidando do caso, e colhendo todas as informações necessárias para o desenrolar das investigações”.
Distanciamento de Elmar o fez perder comando do União Brasil em Salvador
Sai Elmar Nascimento e entra Luciano Simões na presidente do União Brasil de Salvador. A troca causou estranheza entre os ex-DEM. Luciano tem reduto eleitoral no interior do estado, onde conseguiu boa parte da votação que o elegeu deputado estadual.
Informações colhidas por esta colunista dão conta de que o próprio Luciano colocou o nome à disposição para assumir o comando da sigla na capital. A ele caberá organizar o partido para a disputa eleitoral de 2024. Por trás da vontade de presidir o partido está a necessidade de cavar espaço e conseguir dividendos em Salvador para as eleições de 2026, quando deverá buscar a reeleição. No ano passado, ele teve 4.929 votos na capital.
O nome de Luciano Simões foi avalizado pelo prefeito Bruno Reis. Circula nos bastidores uma insatisfação dos filiados do UB com a atuação de Elmar no comando do partido. Pesa contra a sua gestão pautas acordadas que não foram entregues.
Por ser líder do partido na Câmara dos Deputados e ser hoje um dos nomes fortes do Congresso Nacional, Elmar teria deixado as questões domésticas partidárias em terceiro plano.
André Fraga pode ir para o partido da rosa
Dos vereadores da base de Bruno Reis, André Fraga é o único que está com porto certo: o PDT. A situação de Fraga no PV é cada vez mais desconfortável. O partido faz parte de federação com PT e PCdoB, legendas que são da base do governador Jerônimo Rodrigues e que vão disponibilizar candidato para rivalizar com Bruno Reis.
Na primeira reunião do conselho político, nenhuma figura histórica do PV esteve presente. Apenas Bacelar, deputado federal, participou. Não custa afirmar que ele entrou no PV por conveniência política, mas seus dois pés estão no Podemos.
Vereador diz que continua no PV
Em contato com a coluna, André Fraga afirmou que continuará no PV. Disse que não há conversas com o PDT nem outro partido. “Até o momento, sigo no PV. Não recebi orientação pra sair. Nunca houve conversa sobre isso. Estou no partido há 20 anos. Tenho zero intenção de deixar o PV, a não ser que o partido me oriente a sair”, diz Fraga.
Quando acalmar a base, Bruno Reis vai anunciar Ana Paula na vice
A menos que aconteça uma hecatombe, a vice Ana Paula Matos (PDT) vai disputar a reeleição com Bruno Reis. O Republicanos está batalhando pela vaga, mas vai morrer na praia. O sinal disso, inclusive, foi a declaração de Bruno Reis no PodZe. Segundo Bruno, o partido já teve sua vez, quando indicou Ana Coelho para vice de ACM Neto na campanha para o governo do Estado. Nesse contexto, Bruno confundiu propositalmente alhos com bugalhos, afinal, são eleições diferentes. Porém, o recado foi dado.
Testando Geraldinho
Ao ser questionado se prefere enfrentar um nome do PT ou o vice-governador Geraldo Júnior (MDB), Bruno Reis optou por seguir a máxima política: a de não escolher adversário. No entanto, tem gente do seu entorno que quer ver testada a popularidade do emedebista. Explico. Quando tentou reeleição a vereador em 2020, Geraldo Júnior era presidente da Câmara Municipal. Imaginava-se que o cargo pudesse lhe conferir a maior votação. Ele falava, à época, que poderia chegar a 40 mil votos. Apurado os sufrágios, o emedebista ficou bem abaixo do que propagandeava, obtendo 12.906 votos. O mais votado foi Luiz Carlos (Republicanos), com 17.035 votos.
Bancada evangélica
Por falar em Luiz Carlos, o secretário de Infraestrutura foi alvo preferencial de muitos vereadores na reunião com o prefeito Bruno Reis, na segunda (16). No entanto, nem todos expuseram o descontentamento com o republicano. Comenta-se que os que mais têm queixa são da bancada evangélica. Deles só se ouviu o silêncio.
Bruno retou
A reunião ainda rende. Um interlocutor afirmou que, num dado momento, Bruno perdeu as estribeiras, alterou a voz diante de reclamação que ele não via fundamento.
Mudança de plumagem no ninho tucano
Daqui a pouco, às 9h, convenção do PSDB vai apresentar uma nova executiva, que será presidida pelo deputado estadual Tiago Correio. Jordavio Ramos ficará na vice. Pablo Roberto, 2° vice. A prefeita de Juazeiro, Suzana Ramos, 3ª vice. O ex-deputado Paulo Câmara será o secretário-geral.
Por hoje, é isso. Até a proxima sexta, pessoal!
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