Política

Vereador que propôs mudança de nome de rua para 'Beverly Hills' negou que avenida se chamasse 'Mãe Aninha'; saiba detalhes

Domingos Júnior / BNews
Vereador Téo Senna foi relator do PL que foi contra a mudança do nome da rua  |   Bnews - Divulgação Domingos Júnior / BNews

Publicado em 20/06/2023, às 19h09   Redação BNews


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Na última semana, veio à tona o desejo do vereador Téo Senna (PSDB) de mudar o nome da Alameda das Catabas, localidade entre o Caminho das Árvores e a Pituba, para Alameda Beverly Hills. De acordo com o tucano, a intenção era agradar os moradores da região. O BNews teve acesso a documentos que mostram que o vereador se manifestou contra a mudança do nome da Estrada São Gonçalo do Retiro, localizada no Retiro, que passaria a se chamar Avenida Mãe Aninha.

A alteração do nome do logradouro foi proposta pelo também vereador Henrique Carballal (PDT), em 15 de setembro de 2020. O documento, publicado no Diário Oficial Legislativo nesta segunda-feira (19), obteve parecer contrário da Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final e, portanto, foi arquivado, salvo recurso ao Plenário no prazo de 10 dias.

Téo Senna foi relator do Projeto de Lei nº 213/2020, em 4 de maio de 2023, em que foi contra a mudança do nome da rua para Mãe Aninha. No documento, o edil "informa a necessidade de consulta à Sedur para confirmação da possibilidade de alteração solicitada."

Na ocasião em que propôs a mudança da Alameda das Catabas, o vereador argumentou que a atual denominação da rua dificulta a solicitação de corridas em carros por aplicativo para os moradores e os transeuntes da região. Além disso, ele defende que devido à "elegância da rua" os residentes da localidade desejam que seja chamada de Beverly Hills.

Quem foi Mãe Aninha

Eugênia Anna Santos, mais conhecida como Mãe Aninha, foi responsável por conseguir liberdade de culto das religiões afrobrasileiras e/ou de matriz africana no país, que, até então, eram proibidas pelo decreto 1.202, durante conversa com o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, em 1934.

Ela nasceu em Salvador, em 1869. Filha de africanos, consagrada ao orixá Xangô, foi fundadora do terreiro de candomblé Opô Afonjá, na capital baiana em 1910, e no Rio de Janeiro em 1895. Ela faleceu em 1938, deixando um legado para o país.

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