Política

Vereadora aponta omissão da prefeitura em caso de espigões na Praia do Buracão

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A construção de espigões em locais privilegiados de Salvador tem causado o maior burburinho nos meios político e empresarial da Bahia  |   Bnews - Divulgação Reprodução
Daniela Pereira

por Daniela Pereira

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Publicado em 29/09/2023, às 11h42 - Atualizado às 11h42


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A vereadora de Salvador, Marta Rodrigues (PT), apontou omissão da Prefeitura de Salvador diante da polêmica sobre a construção de três espigões na praia do Buracão, Rio Vermelho.

Na manhã desta sexta-feira (29), a vereadora disse que a prefeitura de Salvador precisa tomar providências, e dar uma resposta pontual à população. "Nesse caso, os empreendimentos vão ser liberados com violação de regras como o limite de gabarito e ignorando o fato de que a região não comporta mais adensamento populacional. É um grave desrespeito ao PDDU da cidade", diz.

A construção de grandes prédios em locais privilegiados de Salvador tem causado o maior burburinho nos meios político e empresarial da Bahia. Esses também estariam envolvidos na construção de um espigão de ao menos 30 andares na Encosta da Vitória, o que tem gerado um imbróglio terrível envolvendo os moradores da Mansão Carlos Costa Pinto, a construtora e a prefeitura de Salvador. 

BNews questionou se há na Sedur pedido de licença para construção nas áreas citadas; o que prevê a licença de cada um deles em relação a quantidade de torres e quantidade de andares; quais as exigências da Sedur, conforme a Louos, para construção nas áreas citadas; se esses espaços comportam construções como essas com torres acima dos 15 andares; se a consturção no Buracão não traria sombra para a praia da região; e se a Sedur está ciente de algo acerca do citado.  

Em resposta, a Sedur se limitou a responder: "Em relação ao Rio Vermelho, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) informa que não há nenhum projeto multiresidencial aprovado para área em questão. Já sobre a Graça e a Vitória, até o momento, não existem solicitações de análise para as áreas".

Segundo Marta, o executivo municipal não pode se omitir sobre o conflito que ocorre no bairro por conta dos empreendimentos, que deu origem ao Movimento SOS Buracão.

“A prefeitura confirma que o projeto chegou à Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Cidade, mas que está em análise e não dá nenhuma informação a mais. Enquanto isso, moradores protestam sem retorno da prefeitura. A construção das torres além de desrespeitar o PDDU, desrespeita diversas leis ambientais. A prefeitura vai ser responsabilizada por isso”, comenta.

De acordo com a petista, além do sombreamento na praia, a construção afetará o meio-ambiente e o bioma da praia, além de colaborar com a proliferação de bactérias que são eliminadas com a presença do sol, conforme atesta o movimento SOS Buracão.  Além disso, acrescenta Marta, há estudos de impacto de trânsito que apontam que não há viabilidade para um empreendimento tão grande.

“Enquanto grandes capitais do mundo vão preservando suas praias, preservando o sol nas faixas de areia, aqui em Salvador é o povo que tem que sair na rua para protestar contra esses absurdos. A cidade não pode se tornar um canteiro de obras aleatório, sem respeitos às leis e ao meio ambiente. De estrago ambiental, mais recente, já bastou o BRT que derrubou mais de 500 árvores, tamponou um rio e acimentou a cidade”.

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