Política
Publicado em 15/08/2024, às 20h25 Luana Neiva e Carolina Papa
O ex-deputado federal Deltan Dallagnol rechaçou os apoios recebidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, diante da revelação de um suposto esquema fora do rito legal no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promovido pelo magistrado. O ex-promotor da Lava Jato classificou a atitude como “passapanismo total”.
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"‘Passapanismo’ total. São pessoas que são amigas de pessoas que estão no poder, que possuem interesses no Supremo Tribunal Federal (STF) em alianças, em casos que vão ser julgados lá, [e,agora], defendem e fecham os olhos para os absurdos que estão acontecendo, O curioso é que são os mesmos garantista que ficavam procurando ciscos na Lava Jato e agora fecham os olhos. É um abuso o que está acontecendo”, disse Deltan Dallagnol, nesta quinta-feira (15), em entrevista ao BNews.
Em Salvador, durante um evento do partido Novo. Dallagnol comenta ainda que faltou transparência de Alexandre de Moraes sobre as investigações feitas pelo magistrado no Supremo Tribunal Federal. Favorável a um impeachment contra o ministro, o ex-deputado alega que foram cometidas fraudes, abusos e ilegalidades nas apurações encabeçadas por Moraes na Corte.
Dallagnol acusou ainda Moraes de usar a “criatividade” quando não haviam fatos para incriminar apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Ele não podia pedir a investigação e ele, como juiz no Supremo, decidir os casos. O que não podia ser feito era falsificar a origem dos pedidos nos relatórios. Isso torna ele suspeito, isso é uma ocultação da sua suspeição por sua quebra de imparcialidade o que caracteriza não só crime de responsabilidade, mas fornece indícios de crime de falsidade ideológica e prevaricação”, pontuou.
Sobre as decisões do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD) para o impeachment de Moraes, diante de outros já existentes, o ex-deputado avalia que a suposta nova conduta do magistrado “é o fato mais grave que veio à tona”.
“Esse é o fato mais grave que veio à tona. e mostram que, não só as decisões eram abusivas, mas mostram que nos debaixo dos panos eles estavam fazendo fraudes, fornecem indícios de possíveis crimes dentro de um contexto de perseguição política. Isso não apaga a gravidade do que já se sabia. Alexandre de Moraes censura pessoas e redes sociais. [Houve] falta de transparência. Houve abusos e ilegalidades. Já sabíamos de pescarias probatórias praticadas pelo Supremo. Esse caso mostra que, no escuro do que acontecia no TSE, ele estava buscando alvos, e se não encontrasse, inventava [motivos], usando a criatividade para justificar decisões contrárias a alvos específicos. Eles defendem a democracia da boca pra fora, mas a contrariam com suas ações”, acrescenta.
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