VÍDEO: Às vésperas de indicação ao TCM, Marcelo Nilo solta o verbo contra Rui Costa e manda indireta a Aline Peixoto

Ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia (ALBA), Marcelo Nilo (Republicanos) acumulou uma sequência de reveses desde que deixou a base do governo petista na Bahia. Ele migrou para o grupo político liderado por ACM Neto (União Brasil) de olho em uma candidatura ao Senado Federal - foi deixado de lado para que João Leão (PP) ficasse com a vaga, posteriormente passada a Cacá Leão (PP).

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Depois, tentou a vice de ACM Neto, enfrentou resistência e foi deixado de lado para um nome do partido ficar com o posto: a empresária Ana Coelho. Saiu deputado federal a 56 dias da eleição e já era tarde demais. Com 65 mil votos, não conseguiu se reeleger à Câmara.

Em entrevista à Band BA na última terça-feira (7), Marcelo Nilo creditou sua saída do grupo do atual Governo à sua relação conturbada com o ex-governador Rui Costa (PT), atual ministro-chefe da Casa Civil, a quem ele dá a pecha de 'péssimo político'.

"Politicamente, eu não gosto do estilo dele. Reconheço, como sempre reconheci, que ele é um bom gestor, mas não é um bom político. Isso não quer dizer que a pessoa que seja um bom gestor e não um bom político, não cresça. Eu digo a você que fiz tudo certo, mas deu tudo errado", afirmou.

Segundo Nilo, a decisão de mudar de lado foi tomada após conversa com Jaques Wagner (PT), senador da República, com quem ele teve relação próxima na época em que Wagner era governador da Bahia e ele presidente da ALBA.

"Mudei de lado porque eu não me dava bem politicamente com Rui Costa. Não como pessoa, como pessoa eu até gosto, ele tem o meu respeito. Como presidente da Assembleia, ele não atendia os deputados, não atendia ligação, não retornava. Tomei a decisão política de romper, conversei com Jaques Wagner, me lembro das palavras de Jaques Wagner: 'você tem toda a razão. Realmente, Rui e você não se cruzam'", revelou.

Nilo denuncia que Rui Costa fez tudo para derrotá-lo. "Em 2018, ele tomou vários municípios meus, eu consegui ganhar e ajudar a eleger Marcelinho Veiga."

O tratamento é bem diferente quando ele fala sobre Jaques Wagner, de quem diz ter saudade. Ele aproveitou a fala sobre o senador para alfinetar a ex-primeira-dama da Bahia, Aline Peixoto, que deve ser indicada ao Tribunal de Contas dos Municípios mesmo após toda a repercussão negativa.

"Eu tenho saudade de Jaques Wagner, não vou negar. Nós éramos amigos pessoais. Sinto saudade de Fatinha [Fátima Mendonça, esposa de Jaques Wagner], pra mim, é uma das pessoas mais maravilhosas que conheci na vida. Uma pessoa fantástica, sincera, decente, não atrapalha o governador", disparou.