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Agricultura familiar baiana vai contar com 422 agroindústrias até 2022, prevê SDR

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Estão sendo aplicados mais de R$ 250 milhões nessa estratégia, beneficiando aproximadamente 35 mil famílias  |   Bnews - Divulgação Divulgação/SDR

Publicado em 29/07/2021, às 12h37   Redação BNews


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Até 2022, 422 agroindústrias estarão em funcionamento na Bahia, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). Nos últimos cinco anos, segundo a pasta, estão sendo aplicados mais de R$ 250 milhões nessa estratégia, beneficiando aproximadamente 35 mil famílias.

De acordo com o secretário da SDR, Josias Gomes, as agroindústrias trazem uma nova visão para o agricultor familiar: “Na medida que a gente insere essas agroindústrias, dá ao agricultor condição de aumentar sua renda, que é sobretudo o nosso propósito, fazer com que o agricultor familiar tenha condições de viver bem na sua terra e ter condições de dizer ao filho, como não dizia antes, que ele pode voltar, depois de estudar, para trabalhar na sua propriedade, porque agora o estado da Bahia investe para que o produto que ele produz tenha valor agregado, que permite que eles vivam do que produzem”.

Para o diretor-presidente da CAR, Wilson Dias, o processo de transformação da produção agropecuária primária é imprescindível para conferir durabilidade e valor agregado aos produtos comercializados pelas cooperativas: “É na transformação do leite in natura, em leite pausterizado, queijo, iogurte ou manteiga, que as vendas se expandem e alcançam diferentes mercados, por exemplo. E é assim que se pode responder ao aumento de produção e produtividade dos agricultores, com a consequente elevação das suas rendas”.

Nesta quinta-feira (29), mais uma agroindústria será inaugurada. Desta vez, será a agroindústria da Cooperativa Agroindustrial Vale do Paraíso (Cooperparaíso) localizada na zona rural do município de Sobradinho, Território de Identidade Sertão do São Francisco. A cooperativa se destaca no mercado orgânico com a produção de acerola, com a produção de 200 hectares da fruta, mas as acerolas até agora eram comercializadas in natura.

A agroindústria tem capacidade de processamento de 2 mil toneladas de polpa por ano. Os investimentos na Cooperparaíso são feitos pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), que executa os projetos Bahia Produtiva e Pró-Semiárido, e beneficiará diretamente 169 famílias vinculadas à organização.

Pelo Pró-Semiárido, foram R$2,5 milhões, direcionados para estruturação da base produtiva, com construção de adutoras, e de apoio à gestão e produção, com entrega de equipamentos como empilhadeiras, câmaras frias, balanças, móveis e equipamentos de escritório. Pelo Bahia Produtiva, foram R$3,7 milhões aplicados na aquisição de máquinas de sistema de lavagem, extração, pasteurização e enchimento, assistência técnica para os agricultores e agricultoras, além de energia solar, que está sendo instalada na agroindústria.

De acordo com o presidente da cooperativa, Josivan Souza, a expectativa é triplicar o faturamento da cooperativa, que, em 2020, foi de quase R$1 milhão. “Com a agroindustrialização do produto, vamos aumentar a receita da cooperativa em 200%, pois vamos alcançar um mercado que antes era impossível. Vamos fazer e vender a polpa da fruta, em tambor de 200 litros, e inserir novas frutas como goiaba e manga. O apoio do governo possibilitou o aumento de 30% do valor da fruta in natura e, com os equipamentos instalados, os agricultores estão incentivados a aumentarem o plantio e a ingressarem nessa nova atividade, mais rentável”.

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