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Homem com prótese de metal afirma que precisou abaixar calça para mostrar cicatriz e entrar em banco da Caixa

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Homem avisou aos seguranças que havia passado por um procedimento cirúrgico, mas os agentes só acreditaram nele quando o capixaba abaixou as calças  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 15/09/2021, às 19h26   Redação BNews


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Cliente da Caixa Econômica Federal, Marcelo Cabral, 47 anos, teve dificuldades para entrar em uma agência em Vitória, no Espírito Santo. Ele avisou aos seguranças que tinha uma prótese de metal no quadril, por isso, teria dificuldade para passar na porta giratória, que tem detector de metal. 

Apesar do aviso, o homem foi barrado cinco vezes e precisou baixar a calça para mostrar uma cicatriz no corpo, causada pela intervenção cirúrgica. As informações foram divulgadas pelo portal Uol.

“Quando chegou minha vez de passar pela porta giratória eu me dirigi até a segurança que faz o controle de acesso e disse que eu era portador de prótese. Falei 'tenho uma prótese no quadril, já fui em outros bancos e a porta sempre travava'", explicou o capixaba ao site.

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Nas redes sociais, Marcelo afirmou que não sabe se foi vítima de racismo ou outro crime, mas agora ele está recebendo orientação do movimento negro em Vitória e apoio psicológico. O episódio no banco, que durou cerca de seis minutos, ocorreu na última sexta-feira (10) quando Marcelo foi à agência da Caixa com a esposa. Toda situação teria durado em torno de seis minutos.

“Nunca tinha passado por uma situação tão constrangedora como foi essa, não só de ter que abaixar a calça para mostrar a cicatriz, mas também [...] entender que foi por conta da minha cor que eu apresentava um risco para a agência", falou o cliente.

Depois de conseguir ter acesso ao banco, ele disse que nenhum funcionário o procurou para tentar explicar o ocorrido. "Quando acessei o banco, parecia que eu tinha saído de um mundo para outro. Parecia que não tinha acontecido nada", disse Marcelo, que ficou muito irritado após ter passado por essa situação e decidiu entrar com um processo contra a empresa responsável pela segurança do banco, a Caixa e o segurança que o fez abaixar as calças.

A Caixa Econômica Federal informou, através de nota enviada ao site, que as agências utilizam portas automáticas giratórias com detectores de metal de acordo com a Lei 7.102/83 e Portaria 3233/2012 do Departamento de Polícia Federal, que disciplina todo o sistema de segurança em estabelecimentos financeiros em território nacional.

“Em atenção ao caso relatado, o banco esclarece que, ao entrar na agência, os clientes passam por triagem, de modo a garantir o correto direcionamento no atendimento e distribuição de senhas. Assim que informou sobre a prótese, o cliente recebeu o adequado encaminhamento para atendimento”, escreveu a Caixa. 

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