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Modelos de lojas do Brás usam mansões dos Jardins como cenário para fotos e moradores chamam polícia

Reprodução // Marcelo Brandt // G1
Situação não tem agradado a parte dos moradores do bairro nobre de São Paulo   |   Bnews - Divulgação Reprodução // Marcelo Brandt // G1

Publicado em 24/09/2021, às 13h23   Redação BNews


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Dezenas de influenciadoras digitais chegam a fazer 70 trocas de roupas em um dia para postarem no Instagram e em catálogos de lojas populares que fazem vendas online. Carro e barracas improvisadas viram 'camarim' nas ruas de bairro nobre de São Paulo, que tem cenários específicos para esse tipo foto. O problema é que alguns moradores se incomodam e expulsam os profissionais da frente das casas.

“Quem vê close não vê corre”, afirmou ao G1 Paloma Sanchez Carvalho, que é influenciadora digital e modelo fotográfica de lojas do Brás, polo têxtil popular, que fica a cerca de 10 km dos Jardins.

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Paloma é uma das profissionais autônomas cada vez mais requisitadas por grandes atacadistas, que usam o alcance das redes sociais para aumentar as vendas online e lucar com isso.

Thais Cardoso, que antes era bancária, também viu nas fotografias uma oportunidade de renda e de independência profissional.

"Esse mercado online cresceu bastante. As lojas aproveitam porque têm muitos lojistas de outras regiões do país. E como os custos ficaram muito altos, hoje em dia compensa mais vender pelo Whatsapp", afirma a modelo.

Mas nem tudo são flores. Alguns moradores se incomodam com a movimentação nas calçadas e expulsam os profissionais da frente das casas.

"A gente é expulso direto. Pra ir no banheiro também é bem complicado. Já aconteceu de gente jogar água na gente. Sempre tem um perrengue", diz Paloma. 

De acordo com funcionários da região, a polícia já chegou a ser acionada para separar brigas. Mas, no geral, a relação é harmoniosa.

"Tem dia que fica um trânsito de gente [nas calçadas]. Tem morador que reclama, já chegaram até a chamar a polícia. Mas algumas casas não ligam, aí eles já sabem e ficam na frente dessas", diz Luis Ferreira, que trabalha em uma das guaritas da Rua Polônia.

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