Cidades

Confusão em Ipitanga: Moema diz que não arreda o pé de barraca

Publicado em 26/04/2011, às 08h45   Fabíola Lima e Maiana Brito


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Fotos Roberto Viana

Desde as 4h da manhã terça-feira (26), quando começou o trabalho de derrubada das barracas de praia de Ipitanga, em Lauro de Freitas, a prefeita Moema Gramacho está de prontidão na barraca Flor de Ipitanga. Ela disse que não vai arredar o pé e que ninguém vai tirá-la de lá. “Eu garanto meu batom. Tô aqui e o objetivo é de que essa barraca não seja demolida”.

Ela justificou a escolha do lugar, pois fica a 200 metros do riacho do Flamengo, que divide Salvador e Lauro de Freitas, e não pode ser demolida, já que a remoção é das estruturas pertencentes à capital.
Os barraqueiros, que ficaram concentrados em uma área reservada pela prefeitura de Salvador para ficarem instalados até que a situação seja resolvida, se mostraram revoltados. Em protesto, eles se posicionaram de costas para a ação da Sucom (Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município).
Maria Ieda Lima, 48, há quatro anos com estabelecimento na praia, se disse indignada. “Eu pago meus impostos, sou autorizada a trabalhar na área liberada pela prefeitura. E agora eles resolvem nos enxotar? Isso é um absurdo”.

O francês Dominic Peetcolo, 39, no Brasil há três, também externou a revolta com a má administração da cidade. “Na França, quando algo parecido acontece, já há um projeto e o local para onde os profissionais vão. Aqui é uma bagunça”. De acordo com o barraqueiro, eles apenas receberam a informação de que há um projeto, mas quando é que vão começar a trabalhar ninguém sabe. “Sou engenheiro urbanista e eu construi minha barraca. Por isso, sei que está dentro dos padrões legais”, completa Dominic.


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