Cidades

Parque da Cidade: ambulantes reclamam do atraso na reforma que custa R$ 7 mi

Publicado em 24/08/2015, às 15h04   Rodrigo Daniel Silva (Twitter: @rodansilva)



Desde o ano passado, o Parque da Cidade Joventino Silva, que fica no bairro da Pituba, em Salvador, está em obras. A conclusão estava prevista para setembro deste ano. Mas, segundo funcionários da AIF Brasil Construtora, a Prefeitura atrasou no repasse de verbas, prejudicando o andamento da reforma. Agora, a previsão é que a requalificação do espaço, avaliada em R$ 7,9 milhões, esteja pronta em novembro deste ano.
Enquanto isso, os ambulantes veem o movimento do parque diminuir. Há 37 anos trabalhando no local, Vanda dos Santos, 50, conta que as pessoas que frequentam reclamam bastante da situação. “Perdi metade da clientela”, afirmou. “Até agora não vi sair nada [da obra]. Só vejo cavando, cavando, e não vejo nada”, criticou.
A ambulante Maria Alice da Silva, que trabalha há seis anos no parque, também reclamou dos atrasos. “Quem é que vai querer vir aqui?”, questionou. O engenheiro José Neto, responsável pelas obras, disse que no parque serão construídas três praças, duas guaritas, o anfiteatro será ampliado, e haverá também uma requalificação da pista de caminhada. 
Funcionários da construtora AIF Brasil, que não quiseram divulgar os nomes, disseram, no entanto, que o retardo na entrega da obra aconteceu porque a Prefeitura não liberou mais R$ 1 milhão para empresa. “Tem faltado material aqui. A gente tem que sair para comprar cimento”, afirmou um funcionário. 
Ao Bocão News, o secretário municipal de Infraestrutura e Defesa Civil, Paulo Fontana, reconheceu que houve um atraso no repasse. Segundo ele, o valor, todavia, foi de R$ 590 mil e ocorre porque o município necessitava da certidão negativa (documento que atesta a ausência de débitos) da construtora, que demorou a enviar.
“A prefeitura tem pago tudo em dias. Não estamos devendo nada”, disse, ressaltando que o atraso na obra não é um erro da administração municipal, mas sim da construtora. “Cobramos e queremos a conclusão da obra o mais rápido possível. Se não entregar, vamos autuar a construtora”.

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