Coronavírus

Secretária de Saúde diz que anúncio sobre realização do Carnaval vai respeitar o "prazo da doença"

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Publicado em 10/11/2021, às 09h44   Nilson Marinho e Luiz Felipe Fernandez


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A secretária de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Tereza Paim, afirmou nesta terça-feira (9) que o anúncio sobre a realização do Carnaval de 2022 deve atender ao "prazo da doença" e que qualquer decisão tomada neste momento ainda é "precoce".

Para isso, é preciso antes que as 700 mil pessoas que ainda não tomaram a segunda dose ou a dose de reforço da vacina contra a Covid-19, procurem os postos de saúde.

"O prazo é o prazo da doença. Precisamos respeitar o tempo, baseado em evidência científica. As pessoas precisam estar vacinadas e continuando a usar máscaras. A qualquer momento, se a curva diminui ou amenta, a responsabilidade é do governo do estado, de cuidar das pessoas. Portanto, ainda é precoce qualquer afirmação sobre Carnaval. No momento certo fazer, isso quando atingirmos a maioria da população vacinada completamente", declarou a titular da pasta.

Nesta segunda-feira (8), o governador Rui Costa (PT) explicou a razão de não ter ainda confirmado a realização do Carnaval, apesar do apelo do prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), e do setor empresarial. Segundo o chefe do Executivo estadual, hoje os casos estão em uma linha reta, em uma taxa baixa, mas pararam de cair.

"Estamos girando em torno de 2000 a 2500 casos ativos e uma média de 190 pessoas em UTI. Significa que as pessoas estão espalhando ainda o vírus, algumas se contaminam e estão adoecendo. Por isso a vacinação é tão importante", destacou a secretária, lembrando que quem já está imunizado não fica livre de se contaminar, mas reduz significativamente a hipótese de ser hospitalizado.

Neste cenário, a gestora reforça que a Bahia não adotará uma posição de vanguarda em relação à abolição do uso de máscaras, usando como parâmetro países na Europa e outros lugares do mundo que flexibilizaram o uso do equipamento e precisaram voltar atrás.

"Ainda preocupa [casos na Europa]. Temos o privilégio de sermos espelho desde que começou [...] não adianta a gente ser preconizador de nada, os países que retiraram as máscaras, voltaram atrás. Mais de 700 mil pessoas não se vacinaram e isso é responsabilidade da população. É gratuita, temos o SUS, temos responsabilidade de distribuir quando chega, então precisamos de ação dos municípios e das pessoas irem se vacinar", acrescenta.

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