Denúncia

Alunos de curso da FIB acusam faculdade de vender 'gato por lebre'

Publicado em 22/05/2015, às 06h29   Caroline Gois (Twitter: @bocaonews)


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Revolta, indignação e desemprego. Esta é a realidade de 13 alunos da faculdade FIB Estácio que acusam a instituição de vender 'gato por lebre'. Em denúncia encaminhada ao site Bocão News, os alunos - que cursam Produção de Petróleo e Gás, dizem estar desempregados já que a grade do curso não corresponde a uma grade de um curso desta especialidade. Com isso, eles não estão aptos para exercer a função que desejavam exercer. 
O advogado dos alunos, Jonas Ferraz Maia, explica que "apesar da FIB Estácio oferecer um curso de tecnólogo de "Petróleo e Gás", conforme disposições do CREA e do CONFEA, órgãos reguladores da profissão, a formação oferecida não possibilita o aluno a trabalhar na fase de produção de gás, portanto, trata-se de "propaganda enganosa".
Ainda segundo o advogado, estes 13 estudantes que ingressaram em 2009 na faculdade não conseguiram emprego na área após se formarem. Em documentos enviados ao site, Jonas explica que através deles é possível verificar:
Decisão do CREA de 2012 que modificou no nome do Curso de "Petróleo e Gás" para "Exploração e Produção de Petróleo", o que comprova que o curso não prepara o aluno para trabalhar na fase de produção de gás.
Decisão do Confea de 1986 que define em seu item 2 que só engenheiros podem trabalhar com Central de Gás;
"Publicidade da Estácio-FIB que falsamente informa que o aluno será capacitado para ser "Gestor das diversas fases da cadeia produtiva do petróleo, do gás natural e biocombustíveis(...), o que não é verdade. Comprovação de publicidade realizada no site da Faculdade, o que comprova que a ESTACIO-FIB continua ofertando o curso de "Petróleo e Gás"", afirma o advogado.
Um das alunas conversou com o Bocão News e se disse prejudicada por não poder exercer a profissão que esperava estar cursando. "As empresas não contratam. Estou sem trabalhar e, com isso, diversos profissionais desta instituição estão sendo jogados no mercado e não vão conseguir emprego", disparou Marleide Nogueira, que é presidente da Associação dos Tecnólogos da Bahia.
Para o advogado, "quando um serviço não condiz com a realidade do mercado, está configurada a publicidade enganosa, pois os alunos foram levados a erro quando acreditaram que estariam ingressando num Curso que os possibilitaria trabalhar com Petróleo e Gás e, na prática, co curso oferecido não corresponde às exigências do seu Conselho regulador."
A redação do Bocão News entrou em contato com a assessoria de Comunicação da FIB que garantiu enviar nota sobre o caso. Até o fechamento desta matéria nenhum retorno foi dado por parte da instituição. 
Publicada no dia 21 de maio de 2015, às 11h

Classificação Indicativa: Livre

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