Os times do Piauí estão proibidos de participar de qualquer competição nacional e até mesmo de contratar jogadores de outros Estados. Isso, a três dias do início do Piauiense-2011. A medida, segundo a confederação, tem "caráter preventivo" até que seja regularizada a eleição ocorrida em dezembro para o novo mandato da entidade nordestina.
O atual presidente, Cesarino Oliveira, assumiu o cargo após acionar a Justiça Comum, situação considerada ilegal de acordo com os estatutos da CBF e da Fifa. Ele perdeu o pleito por um voto para Joaquim Lula Ferreira, que já estava no poder havia 18 anos e é genro de Alfredo Nunes, vice-presidente em parte da era Ricardo Teixeira.
"Lula não podia ser candidato. Como a junta eleitoral não aceitou nosso pedido, e a Justiça Desportiva local alegou incompetência para julgar o caso, recorremos ao Judiciário", diz Oliveira.
Responsável pela decisão liminar, o juiz Orlando Martins Pinheiro acatou as acusações de que o cartola estava inadimplente com a prestação de contas dos exercícios 2008, 2009 e 2010, além de contribuições ao INSS.
"Fui empossado em 10 de janeiro, mas, no mesmo dia, a CBF parou de mandar o repasse mensal que envia regularmente a todas as federações", acrescenta Oliveira, para quem há motivação política por trás da história.
Piauí foi o único Estado ausente na assembleia geral em que as outras 26 federações concordaram por unanimidade com a punição. Enquanto o cartola novato reclama de não ter tido nem direito de defesa, a CBF informa que não poderia convidar uma entidade que não está devidamente constituída. O caso, completa, deveria ter passado antes pelo STJD.
//Com informações da Folha.com