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Proprietários acusam PDG de “boicote”

Publicado em 02/12/2012, às 09h46   Fabíola Lima (Twitter: @fabiolalima)


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A luta continua e de acordo com proprietários de apartamentos da construtora PDG, no Empreendimento Tamari, no Imbuí, atrás do Extra da Paralela, o diretor da empresa responsável pelas obras, Rodrigo Alves, estaria “boicotando” o direito de vistoriar a obra concluída no imóvel. Por telefone, a reportagem do Bocão News tentou sem sucesso falar com Alves.


Na manhã deste sábado (1º), esteve no local uma comitiva liderada pelo síndico já eleito pelos proprietários, Julio Ricardo, o subsindico Valdomiro Amaral e a arquiteta Débora Bórea. De acordo com eles, a PDG está inviabilizando vistoria do imóvel que tem duas torres e mais de 5 mil metros. “A proposta dele é que seis pessoas avaliem uma obra de tamanha proporção. Caso haja qualquer irregularidade, nós seriamos os responsáveis”, disse a arquiteta.



Reunindo provas contra a morosidade no andamento da vistoria, e a tentativa de “boicotar” a execução, o síndico encaminhou para a redação do Bocão News cópia que ele alega ser de alguns e-mails trocados com Rodrigo Alves.

Segue conteúdo enviado pelos manifestantes:

Rodrigo,
Vou esclarecer os fatos que ficaram destorcidos em seu email, pois todos precisam e merecem conhecer a realidade dos fatos.
Primeiramente, como pelo visto você não entendeu o que fiz, explico que não apaguei a sua resposta no email encaminhado, pois não respondi o seu email e sim reencaminhei o meu email para demonstrar a hora em que foi encaminhado. Logo após encaminhei também o email com sua resposta para todos. Cabe registrar, que você foi o único que recebeu tão tardiamente o referido email, o que é estranho, pois os demais já haviam recebido desde o horário em que foi encaminhado às 16:44h.
Sobre a afirmação equivocada de que você não desmarcou uma vistoria que não foi marcada, basta verificar no histórico deste email que sempre foi afirmado que a vistoria seria realizadaSolicito que mantenha uma postura razoável e não tente confundir as pessoas manipulando a verdade, pois as mesmas estão acompanhando todo o histórico de emails e tem visto que estava tudo certo para a realização da vistoria, tanto que estavam todos mobilizados para tal. Seguem abaixo transcritos os trechos dos 02 emails encaminhados esta semana que comprovam a inverdade da sua afirmação e que podem ser constatados no histórico abaixo:
Email do dia 28/11/2012
"Sendo assim, informamos que estaremos nos dias 01 e 02/12/2012 na obra do Tamari (...)"
Email do dia 30/11/2012
"Estaremos lá amanhã para realização da Vistoria nas Áreas Comuns do Tamarí."
Esclarecemos ainda que o procedimento/planejamento que encaminhamos para a PDG para a realização da Vistoria é plenamente viável e foi justificado através do email encaminhado. Vejamos o absurdo de termos que justificar e submeter à aprovação da Incorporação, o planejamento de um Condomínio já instituídopara entrar no próprio empreendimento para realização da Vistoria. Contudo, assim o fizemos e justificamos a necessidade de um número mínimo de equipes viabilizando a vistoria com o mínimo de qualidade e no menor tempo possível. Ocorre que, mais absurdo, é sermos obrigados a acatar um planejamento inviável vindo da Incorporadora, para que 06 (seis) pessoas vistoriem sozinhas e em apenas 01 (um) dia um empreendimento que possui 02 (duas) torres de 20 pavimentos, uma área de play ground e mais 02 níveis de garagem de aproximadamente 5.900,00m² cada, além das fachadas e áreas externas. Acho que não preciso dizer mais nada, pois está bastante claro que não houve uma tentativa de encontrar o "caminho do meio", mas ficou clara a tentativa de tornar a vistoria inviável e nos forçar a assinar um recebimento do Condomínio sem verificar quase nada.
Além de afirmar que insistiu para acharmos um "caminho do meio", o que claramente não ocorreu, você afirma que explicou os seus motivos, mas afirmar que o "procedimento sugerido não poderá ser atendido, pois foge totalmente aos nossos padrões", NÃO EXPLICA NADA! Somente mais uma vez nos obriga a engolir uma decisão infundada, unilateral e impositiva. Ainda quanto aos motivos continua afirmando que "A vistoria para recebimento das áreas comuns é apenas uma etapa de nosso relacionamento após entrega do empreendimento, com vistas apenas a apontar vícios aparentes mais evidentes". Aqui faz-se necessária uma correção sobre esta afirmação cuja tentativa é minimizar a importância deste momento: a Vistoria das Áreas Comuns é um direito do Condomínio para o aceite do mesmo, sendo a chance de avaliar todas as questões referentes à qualidade técnica da obra no uso dos materiais, nos procedimentos executivos, seu estado de conservação da estrutura física, fidelidade ao Memorial Descritivo utilizando materiais equivalentes ou superiores tecnicamente, fidelidade ao produto adquirido apresentado nos Materiais Publicitários, averiguação de conformidade de toda a documentação do Empreendimento (aprovações junto aos órgãos reguladores nas esferas municipal, estadual e federal), averiguação de conformidade do que foi executado com o que foi projetado (com verificação do atendimento às demandas, especificação de materiais e equipamentos), bem como inúmeras outras verificações, a fim de cobrar providências cabíveis à Incorporadora para sanar quaisquer pendências.
Ademais, dizer que "Os condôminos terão à sua disposição nossa assistência técnica para reclamar o reparo de qualquer vício que venha a surgir após o recebimento da posse do condomínio" NÃO CONVENCE NINGUÉM, pois, conforme afirmei no email anterior e repito queSE EM MAIS DE UM ANO DE ASSOCIAÇÃO ONDE VÁRIOS VÍCIOS DE OBRA APONTADOS NÃO FORAM CORRIGIDOS COM A CONSTRUTORA DENTRO DA OBRA, IMAGINE APÓS A ENTREGA DO CONDOMÍNIO A ATENÇÃO QUE SERÁ DADA AO EMPREENDIMENTO?!!!!! Repito também aqui a experiência triste que os Condôminos do Colinas de Piatã estão tendo, pois estão arcando com todas as despesas de correção dos problemas para depois cobrar da PDG na Justiça, pois APÓS A ENTREGA DAS CHAVES, A PDG SUMIU... DESAPARECEU DO EMPREENDIMENTO!!!
Ora Rodrigo, não tente inverter as coisas dizendo que estou imputando à PDG as consequências de uma postura minha, pois minha postura está muito clara no histórico de emails abaixo. Sua afirmação enganosa de que há dois dias encaminhei um email com o conteúdo que você afirma no email abaixo, demonstra mais uma vez a tentativa de manipular a verdade, pois há dois dias o email encaminhado à PDG foi exatamente o que está no início deste histórico datado do dia 28/11/2012, cuja afirmativa contida segue abaixo transcrita:
Email do dia 28/11/2012
"Sendo assim, informamos que estaremos nos dias 01 e 02/12/2012 na obra do Tamari com as equipes para a realização da Vistoria Técnica das Áreas Comuns, e caso essa Empresa se manifeste contrária ao planejamento apresentado, estaremos acompanhados da mídia para mostrar mais uma vez para a população a forma como trata seus clientes."
Sua interpretação do texto foi completamente destorcida, pois está muito claro que em nenhum momento foi dito que não haveria vistoria, pelo contrário, sempre afirmei que estaríamos presentes.
Em suma, quanto à veracidade dos fatos, acredito que está tudo esclarecido.
Quanto à impossibilidade de mobilização de equipe para realizar o acompanhamento da vistoria amanhã, a PDG é única responsável por esta falha, pois, conforme dito anteriormente, desde o fim de semana passado, bem como nos emails encaminhados em 28 e 30/11/2012, foi deixado bastante claro que a vistoria seria realizada.
Sobre a "nobre" intenção da PDG de não prejudicar os demais clientes, cabe lembrar que o único prejuízo aos clientes quem causou foi a própria PDG, e continua causando quando pretende de forma injustificada e impositiva, determinar uma forma inviável dos adquirentes vistoriarem seu Condomínio.
Cabe aqui um parêntese para analisarmos friamente a real intenção da PDG, que passa bem longe de evitar prejuízos aos clientes, pois se assim fosse, já estaríamos morando em apartamentos com qualidade construtiva a 02 (dois) anos. É admirável o súbito interesse da PDG em clientes que foram esquecidos e ignorados durante todo o processo do pós-venda, fato que é facilmente comprovado com uma simples questão entre muitas: quando passou mais um dos prazos de entrega do imóvel em julho/2012, nenhum destes clientes que a PDG não quer prejudicar, recebeu sequer um aviso de que não receberiam seus apartamentos. Ora, claro está que o prejuízo aos clientes pouco importa à PDG, o que ocorre é que a grande maioria que ainda possui saldo a financiar, trava o processo para não assinar o contrato enquanto não receber as chaves. Mais uma vez está clara a intenção da PDG em garantir, não a satisfação de clientes já prejudicados, mas o dinheiro desses clientes.
Por fim, quanto à contratação por parte da PDG de Laudo Pericial, não muda em nada odireito do Condomínio de realizar a Vistoria do seu Empreendimento e apenas dar o aceite quando a mesma tenha ocorrido.
Sendo assim, mais uma vez estamos agendando a Vistoria das Áreas Comuns do Tamari para o próximo final de semana dias 08 e 09/12/2012.

Ainda neste sábado, a PDG se manifestou por meio de nota enviada ao Bocão News.

A PDG esclarece que após a Assembleia Geral de Instalação do Condomínio ocorre a vistoria das áreas comuns realizada pelo síndico, que é uma etapa essencial para a entrega da posse dos apartamentos aos respectivos proprietários.

Contudo, no caso específico do Tamari, a proposta do síndico para realização dessa vistoria difere bastante dos padrões técnicos e de segurança da Companhia, razão pela qual a vistoria ainda não foi realizada. Diante do impasse, a PDG contratou um perito para elaborar um laudo técnico sobre o empreendimento, o que permitirá que as chaves das unidades sejam entregues aos clientes que estejam aptos ao recebimento de posse.

A PDG continua à disposição dos seus clientes para qualquer esclarecimento em relação aos procedimentos e agendamentos das vistorias, através de seu canal de relacionamento: [email protected] e 4003-3734.


Nota originalmente publicada às 12h09 do dia 1º de dezembro

Classificação Indicativa: Livre

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