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"Não há provas", afirma advogado da médica acusada de matar irmãos

Imagem "Não há provas", afirma advogado da médica acusada de matar irmãos
Saiba como será a defesa de Katia Vargas, que já teve pedido de liberdade provisória feito  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/10/2013, às 08h39   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)



O caso que chocou a capital baiana, na manhã de sexta-feira (11), onde dois irmãos morreram após baterem em um poste com a motocicleta em que estavam, ganha cada vez mais repercussão. Isso porque, uma médica oftalmologista identificada como Kátia Vargas, de 45 anos, é acusada de ter atropelado os dois após uma dicussão, que aconteceu no bairro da Ondina, em Salvador. "Entrei com um pedido de liberdade provisória às 3h deste sábado (12). Minha cliente está em coma induzido por conta da pancada que levou na cabeça. Ainda não conversei com ela", relatou o advogado Vivaldo Amaral, em conversa com o site Bocão News, na manhã de hoje.

Velório dos irmãos
De acordo com Amaral, o pedido já foi feito e "a qualquer momento posso ter a decisão da juíza", afirmou. O advogado explicou que pelo histórico de Kátia é possível que ela consiga o alvará de soltura, saia do hospital, preste depoimento e responda o processo em liberdade. "Ela tem residência fixa, profissão definida, imóveis. É uma temeridade, uma irresponsabilidade antecipar ou pré julgar que minha cliente foi causadora do acidente, já que não existe a prova técnica, ou seja, a perícia não foi concluída", explicou.

Advogado criminalista Vivaldo Amaral e a médica Kátia Vargas
Amaral complementou que a delegada não poderia alegar flagrante já que ainda não foram ouvidas testemunhas que assistiram a cena, o que ele chama de "o momento do toque do carro dela na moto. Nas imagens não mostra este momento. Não existe prova nenhuma. As imagens não mostram o momento da colisão. Existe uma série de conjecturas", ressaltou.
Ainda conforme o advogado de defesa, "qualquer pessoa que porventura venha se envolver em um acidente ou crime, ou que em razão deste evento fique hospitalizada tem o direito por lei e a polícia cumpre bem este papel, de que a polícia fique aguaradando para que quando haja a alta ela vá prestar o depoimento. Mas, saí algemada e na viatura? Não existe esta possibilidade", disse, reforçando que "nosso pedido foi nesse sentido. A delegada quer que logo após a alta ela seja presa. A defesa quer que ela responda em liberdade e que a lei seja cumprida. Desta forma ela presta depoimento, as provas se apresentam e o processo se desenvolve. Tudo pode ter acontecido. Ela é uma pessoa calma, humana e, infelizmente, nós que temos carro vivemos com medo. Será que ela não se asssutou? Não posso dizer que minha cliente agiu de forma maldosa. É uma vida, uma história de uma mulher que merece respeito e que tem relevantes serviços na sociedade", defendeu, informnado que não há previsão para quando Kátia deve sair do Hospital Aliança.

O caso
*Nota originalmente publicada às 11h29 do dia 12/10

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