Justiça

La Vue: Justiça marca para novembro depoimento de Marcelo Calero

Agência Brasil
Ex-ministro da cultura acusa Geddel Vieira Lima de pressionar liberação de obra  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 11/09/2019, às 12h23   Yasmin Garrido


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A juíza substituta Diana Maria Wanderlei da Silva, da 5ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, marcou para o dia 7 de novembro, às 14h, o depoimento do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero na ação em que ele acusa do também ex-ministro Geddel Vieira Lima de pressionar a liberação da obra do edifício La Vue, localizado na Ladeira da Barra, em Salvador.

O juízo, no entanto, deixa a critério de Calero a confirmação da data e horário definidos pela Justiça, podendo ele, se achar necessário, informar outros. De acordo com o Ministério Público Federal, Geddel teria exigido Marcelo Calero produzisse parecer técnico favorável a ele para liberar as obras do empreendimento de luxo. O emedebista já tinha adquirido uma unidade habitacional no 23º andar do prédio.

Ainda segundo informação da denúncia, o MPF destacou que Geddel ameaçou Calero e chegou a dizer que “iria 'pedir a cabeça' da presidente do Iphan Nacional ao presidente da República, caso não atendesse à sua solicitação de liberar o empreendimento sem a redução da altura".

O caso culminou com a saída de Geddel do governo, em novembro de 2016, e com o embargo da obra do La Vue pelo Iphan. Desde o início, a defesa de Geddel nega que ele tenha exercido influência política pela liberação do empreendimento.

Um dos sócios do La Vue é o empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho, que também é um dos cinco réus na ação penal que investiga, no Supremo Tribunal Federal (STF), a origem dos R$ 51 milhões atribuídos ao ex-ministro. Além deles dois, também responder na Corte o ex-deputado Lúcio Vieira Lima, a mãe deles, Marluce Vieira Lima, e o ex-assessor parlamentar Job Ribeiro Brandão.

Geddel está preso desde setembro de 2017, na Penitenciária da Papuda, em Brasília, após a Polícia Federal encontrar, em um imóvel supostamente ligado a ele, malas contendo R$ 51 milhões.

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