Justiça

"O CNJ quer enxovalhar o meu nome", diz Mário Alberto Hirs

Bocão News
STF julga nesta segunda-feira (18) mandado de segurança pedindo seu retorno à presidência do TJ-BA   |   Bnews - Divulgação Bocão News

Publicado em 18/11/2013, às 09h06   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


FacebookTwitterWhatsApp

O desembargador Mário Alberto Hirs, afastado da presidência do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) há 12 dias, afirma ser vítima de “perseguição” e nega que tenha havido irregularidade no cálculo de precatórios – pagamento de dívidas públicas determinadas pela Justiça. O desembargador Mário Alberto Simões Hirs aguarda a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que deve julgar nesta segunda-feira (18), o mandado de segurança pedindo seu retorno à corte.


“O precatório da Terrabrás, por exemplo, foi pago 40 anos depois. Evidentemente, você imagina que se alguém lhe deve R$ 3 mil em 1970, quanto seria hoje? Dava conta de milhões”, argumentou, em entrevista ao jornal A Tarde. 


Ele também se defendeu em relação à falta de concurso públicos para servidores da Justiça e para cartórios extrajudiciais. “Se eu fizer concurso, como querem, ultrapasso o limite prudencial de pessoal e incorro em crime de responsabilidade fiscal. Mas posso comprar um ônibus? Posso porque são fontes diferentes. Se isso está errado, mude a lei. Estou engessado em relação a concurso”, afirmou. 


De acordo com ele, “mentes mais doentias falam em orçamento”. “E não estou me referindo a Brasília. Mentes doentias são daqui. Porque elas dizem a Brasília que não faço concurso”, acusou.

Ele disse ainda que acredita que deve voltar a presidência do TJ. “Penso que volto por acreditar na Justiça do meu país.  Mas isso eu não posso afirmar, evidentemente. Qualquer deliberação do CNJ só pode ser julgada pelo Supremo. E eu acho que tudo deve ser investigado mesmo. Mas acho que foi violento o que fizeram”.

Nota originalmente postada às 15h do dia 17

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp