Polícia

Goleiro Bruno se diz inocente e vítima de extorsão

Imagem Goleiro Bruno se diz inocente e vítima de extorsão
Bruno confirmou que magistrada está envolvida no suposto esquema  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 29/06/2011, às 10h46   Redação Bocão News e Agências



O goleiro Bruno, preso desde julho de 2010 acusado de mandar matar Eliza Samudio, foi ouvido nesta terça-feira (28) pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais e falou sobre um suposto esquema de extorsão, denunciado por sua noiva, Ingrid Oliveira. No depoimento, o goleiro acusa a juíza Maria José Starling, a polícia e seu ex-advogado, Robson Pinheiros, pelo ato criminoso que resultaria na concessão de um habeas corpus.
Bruno confirmou a existência do esquema, no qual a magistrada teria exigido R$1,5 milhão para conceder liberdade provisória ao goleiro. Ele ainda fez acusações contra o delegado Édson Moreira, um dos responsáveis pela investigação da morte de Eliza Samudio.
De acordo com Bruno, Moreira teria exigido R$2 milhões para livrá-lo das acusações, deixando o foco das investigações voltado para o amigo de Bruno, Macarrão, e um adolescente que estaria envolvido no caso. Bruno citou ainda ameaças feitas por Edson quando ele rejeitou a proposta: "O que você iria achar se descobrisse pedaços das suas filhas por Minas Gerais?", teria dito o delegado.
Bruno acrescentou que Edson Moreira nunca lhe perguntou sobre o seu envolvimento no desaparecimento de Eliza e queria que ele contasse uma história pronta, sugerindo até que inventasse onde estavam as partes do corpo da modelo.
Ingrid também depôs e relatou um encontro com a juíza e com Robson Pinheiro. Nesse encontro, Pinheiro teria dito a ela que "sozinhos eles não iam conseguir", em referência à série de habeas corpus negados ao goleiro.
O atual advogado de Bruno, Cláudio Dalledone, exibiu um vídeo em que Pinheiros conta sobre o suposto esquema e chega a escrever em um pedaço de papel que "a liberdade já está concedida".
Ao final dos depoimentos, o deputado Sargento Rodrigues (PDT) apresentou ao presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Durval Ângelo, um pedido de abertura de CPI para investigar as denúncias contra a juíza Maria José Starling, o advogado Robson Pinheiro e o delegado Edson Moreira. Durval declarou que "as denúncias são muito sérias e precisam ser apuradas com urgência e seriedade". (*com informações de O Tempo)

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp