Polícia

Caso Henry: Celular de babá será usado em perícia para investigar crime de falso testemunho

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Ela teria mentido nos dois depoimentos que deu na 16ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Redes Sociais

Publicado em 15/07/2021, às 10h15   Redação BNews


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A babá Thayna de Oliveira Ferreira, que cuidava do menino Henry Borel, pode ter cometido crime de falso testemunho. A juíza do caso, Elizabeth Machado Louro, do II Tribunal do Júri, permitiu o uso do laudo de extração de conteúdo do celular da babá para que peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) fizessem a perícia.  

Ela teria mentido nos dois depoimentos que deu na 16ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro sobre as agressões que o ex-vereador Jairo dos Santos, o Dr. Jairinho cometeu contra a criança. No dia 12 de abril, a babá teria feito declarações falsas para retificar e complementar outras informações que forneceu no dia 24 de março, o primeiro depoimento. 

De início, ela informou na delegacia que passou a cuidar da criança no dia 18 de janeiro, alternando a escala de trabalho de acordo com as aulas remotas do menino. Thayna comentou que Henry era uma criança “boa” e “perfeita”, negando ter presenciado qualquer tipo de desavença na família. No dia 8 de março, a babá comentou que recebeu uma ligação de Monique Medeiros, mãe do menino, afirmando que ela não precisava mais ir trabalhar pois Henry teria caído da cama. “Você não precisa ir trabalhar hoje. Henry caiu da cama. Perdi meu bem mais precioso”.

Já no segundo depoimento, Thayna revelou que mentiu por medo, pois, se Jairinho fez tudo aquilo com uma criança, ela temia também pela própria vida. Falou também que viu três vezes sessões de tortura que o ex-vereador teria feito com Henry em fevereiro, além de afirmar que a avó materna do pequeno, Rosângela Medereiros, sabia de todas as agressões que o neto sofria com o padrasto. 

Porém, para o delegado do caso, Henrique Damasceno, as mensagens que Thayna trocou o pai e o namorado revelam que não foram apenas as agressões que a babá relatou no depoimento, seriam "bem graves do que foi narrado por ela em sede policial". Na conversa, ela diz que o menino se desespera ao ver Jairinho, ao ponto de rasgar sua camisa e gritar [com medo]. Além disso, ela também fala nas mensagens que recebeu R$100 do ex-vereador para ficar quieta em relação às agressões que o menino sofria em casa. 

Classificação Indicativa: 10 anos

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