Polícia

Ex-empresário do cantor Ricardo Chaves é preso com a mulher

Publicado em 09/03/2012, às 07h55   Patrícia Costa


FacebookTwitterWhatsApp

O empresário Maurizzio Cersósimo Mattos (49) e sua mulher, Cláudia Patrícia Accioly (48), sócios da Accioly & Mattos LTDA, que empresariavam o cantor Ricardo Chaves, foram presos na manhã desta sexta-feira (9) no luxuoso Condomínio Encontro das Águas, localizado na Estrada do Coco. Os três foram encaminhados para a Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), em Piatã, Salvador.


Foto: Reprodução

Contactado pelo Bocão News, o cantor não soube informar o que levou à prisão do casal nesta manhã, mas disse que se trata de duas pessoas perigosas que destruíram sua carreira e sua vida pessoal. "Evitei falar ao longo desses anos sobre o caso, mas agora me senti aliviado ao saber dessa prisão", comemora o artista.

Ricardo Chaves afirma: "os dois fizeram um estrago gigantesco na minha carreira e na minha vida pessoal". Em 2011, segundo o cantor, o empresário já tinha sido condenado pela Justiça por estelionato.


Maurízzio passou com o rosto coberto acompanhado pelo advogado
A mulher de Maurízzio sendo levada para prestar depoimento


De acordo com a delegada titular da Dececap, Pilly de Faria Dantas, desta vez, Maurízzio foi preso juntamente com a mulher e a empregada doméstica Cláudia Pedrosa (38) - que trabalha com o casal há cerca de 20 anos e atuava como "laranja" - ao tentar negociar a venda de uma ilha na Baía de Todos os Santos, avaliada em R$ 35 milhões. "Ricardo Chaves foi vítima de Maurízzio em outro inquérito", explica.

Segunda a delegada, o caso ocorreu em 2006 e a vítima, um empresário, denunciou que Maurízzio tentou vendê-lo o imóvel no valor abaixo do mercado, que não foi divulgado. Ele chegou a dar um sinal, mas como não recebeu a ilha, percebeu que se tratava de um golpe e acionou à polícia e o empresário foi desmascarado. Os três foram ouvidos nesta manhã, e segundo Pilly Dantas, negam as acusações.

Ainda conforme a titular da dececap, eles responderão pelos crimes de estelionato, uso de documetos falsos, falsidade ideológica e formação de quadrilha. Contra Maurízzio, há um pedido de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal. A mulher e a funcionária deles responderão por cumplicidade aos crimes e vão cumprir mandado de prisão temporário. 


Com os golpes, empresário levava vida de "barão"

A polícia ainda não tem informações sobre o prejuízo causado pelos sócios, "mas foi um golpe milionário", acredita a delegada informando que entre as vítimas estão grandes empresários na área de entretenimento e na área imobiliária

Um dos advogados do casal, em entrevista ao programa Se Liga Bocão, declarou que seu cliente era inocente: "as acusações são altamente infundadas. Ele é inocente. As ações na Justiça que há contra ele são de desacordos comerciais não cometimento de crimes", defende Luís Coutinho.

Mas no entanto, Pilly disse que eles causaram problemas a empresários ligados à diversos ramos, principalmente ao entretenimento. Ainda segundo ela, há cerca de seis anos, Maurízzio foi preso nos Estados Unidos quando era gerente do City Bank ao tentar descontar um cheque falso de US$ 1 milhão, mas pagou fiança e foi liberado. Fazia parte da lista negra do acusado um fabricante de charutos, agências de publicidade, empresas de segurança e serviço, uma imobiliária, um empresário da área de material de construção.  "Com a prisão dos três, outras vítimas poderão aparecer".

O empresário deverá ser encaminhado à Polinter, a funcionária para a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca), e a mulher por ter nível superior ainda "vamos verificar para onde será levada", informa a delegada. Mas antes, passarão no Departamento de Polícia Técnica (DPT) para fazer exame de lesão corporal. Agora ele estão à disposição da Justiça.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp