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Seis PMs grevistas deixam o Batalhão de Choque

Imagem Seis PMs grevistas deixam o Batalhão de Choque
Justiça concedeu habeas corpus para 17 policiais   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/03/2012, às 06h34   Adelia Felix


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No início da noite desta terça-feira (27), foram soltos seis policiais militares suspeitos de participarem da greve da Polícia Militar na Bahia.

Eles estavam detidos no Batalhão de Choque, em Lauro de Freiras, Região Metropolitana de Salvador.

A Justiça concedeu hoje a tarde habeas corpus para 17 policiais envolvidos na greve da categoria. Os habeas corpus foram concedidos pelo desembargador João Bosco, do Tribunal de Justiça.

Mas a saída dos policiais não foi nada fácil. Segundo informações da defesa dos PMS, o juiz auditor Paulo Roberto se negou a cumprir o pedido e por isso o desembargador teve que enviar um ofício ao comando do Batalhão para que os policiais fossem liberados.

E por volta das 19h30 desta terça, em clima de muita emoção, deixaram as dependências do Batalhão Ivan Carlos Leite, Arlan Lécio Pires, Alexandre Gabriel Carvalho e Silva e Jane Batista de Sousa. Os nomes dos outros dois policiais não foram divulgados. Destes oito que estavam detidos no Batalhão de Choque, Josafá Ramos dos Santos e Augusto Leite Araújo Júnior ainda continuam presos por deserção (faltaram no serviço). De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça, os policiais responderão em liberdade por ameaça à ordem pública. 
A reportagem do Bocão News conversou com o advogado da Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia (Aspra), Eládio Mendes, que detalhou o próximo passo da defesa dos agentes. "Na quarta-feira (28) nós vamos solicitar habeas corpus para Josafá e Júnior, porque de acordo com o entendimento do desembargador, o ato praticado pelo juiz é nulo. Além disso, vamos entrar com uma ação para proibir todos os processos administrativos que tenham a ver com a greve, ou seja, tentaremos evitar a demissão desses policiais".
O líder do movimento grevista da Polícia Militar da Bahia, Marco Prisco, foi posto em liberdade, no dia 25 deste mês, por volta das 16h. Ao deixar as dependências do Complexo Penitenciário, no bairro de Mata Escura, Prisco demonstrou satisfação com a decisão judicial. "Estou com Deus no coração e a Justiça foi feita", disse à reportagem do Bocão
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A greve na Bahia foi deflagrada no dia 31 de janeiro e durou 12 dias. Neste período, foram registrados em Salvador e região metropolitana 176 homicídios. Número duas vezes maior do que a média mensal de 85 assassinatos registrados em São Paulo em 2011.


Fotos: Gilberto Júnior // Bocão News

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