Política
Publicado em 20/12/2014, às 12h00 David Mendes (Twitter: @__davidmendes)
O próximo secretário de Saúde da Bahia, Fábio Villas Boas, anunciado esta semana pelo governador diplomado Rui Costa (PT), deverá ter um árduo trabalho pela frente, a partir de janeiro, para tentar adequar a pasta e garantir, minimamente, a qualidade na oferta do serviço em todo o estado.
Médico cardiologista, Villas Boas não tem experiência na área pública, mas deve se esforçar para tentar entender, rapidamente, como gerir a Saúde no estado.
Nesta sexta-feira (19), o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed) informou que os médicos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), contratados como Pessoa Jurídica (PJ) e cooperativas, continuam sem receber seus salários e, por conta disse, ameaçam paralisar as atividades na próxima semana.
Em setembro último a categoria realizou uma mobilização que terminou com um acordo entre os profissionais e a Sesab, que garantiu honrar com seus compromissos e pagar, até este sábado (20), os vencimentos dos médicos referentes a outubro.
Segundo o sindicato da categoria, caso não seja cumprido, os médicos que atuam no Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador, e no Menandro de Farias, em Lauro de Freitas, cruzarão os braços. A data marcada é dia 25 de dezembro próximo.
Segundo o vice-presidente do Sindimed, Luiz Américo, em comunicado enviado à imprensa, a situação é considerada "crônica" e já se arrasta por anos, sempre com repetições constantes, o que já teria torrado a paciência dos médicos que, mesmo assim, garantem o atendimento nas unidades. “Esse é o resultado da política de terceirização da saúde, que só beneficia os grupos econômicos em detrimento dos trabalhadores. Os médicos não têm direito a férias e ainda estão submetidos a problemas como o atraso salarial”, condenou o dirigente.
Publicada no dia 19 de dezembro de 2014, às 17h39
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