Com mais uma despesa para os cofres, Alba encerra 2014 com ‘chave de ouro’

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No último dia do ano, a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), a “Casa do Povo”, baixou uma resolução que cria a 4ª vice-presidência da Mesa Diretora. Hoje, o colegiado é composto pelas 1ª, 2ª e 3ª vice-presidências, além das 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Secretarias.

Teoricamente, a nova estrutura, que deverá consumir R$ 80 mil todo o mês, será responsável pela gestão de gabinete e pessoal, função já realizada pela 3ª vice-presidência, ocupada pelo deputado Nelson Leal (PSL).

A proposta é do presidente do Legislativo baiano, deputado Marcelo Nilo (PDT), que disputa o quinto mandato ininterrupto – um década. Ainda não há informação quem o pedetista negociou para assumir a nova vaga do alto clero do parlamento baiano. Fala-se em PT, que disputa o comando da Alba com o líder petista Rosemberg Pinto, que prometeu ir até o final da disputa, marcada para o início de fevereiro próximo. Outro nome que surge para ocupar a nova cadeira é o do deputado Pastor Sargento Isidório (PSC), que também lançou candidatura e prometeu ir até o final do pleito, isso se o governador diplomado Rui Costa (PT) não solicitasse a ele deixar a corrida.

No bloco dos que pretendem manter Nilo por mais dois anos no cargo, a 1ª vice-presidência será entregue a Adolfo Menezes (PSD), o fiel escudeiro de Nilo. A vaga será deixada pelo deputado Yulo Oiticica (PT). A Oposição, que já declarou apoio ao "penta" de Nilo deve levar 2ª vice-presidência, hoje ocupada por Rogério Andrade, e com a 1ª Secretaria, comandada atualmente por Paulo Azi (DEM). O PP, partido do vice-governador João Leão, terá a 2ª Secretaria. E a 3ª vice-presidência ficará com o PCdoB. Os comunistas deram as costas ao aliados petistas e já declararam apoio a mais uma reeleição de Marcelo Nilo.

Chave de Ouro

Além da criação de mais uma estrutura interna, os representantes do povo no parlamento baiano aprovaram na última semana de 2014 o reajuste de salários do governador, vice, secretários e deles próprios. A partir de 1º de janeiro de 2015, o governador diplomado Rui Costa receberá salário de R$ 22 mil. Os deputados passarão dos atuais R$ 20 mil para cerca de R$ 25 mil. O vice-governador e os secretários estaduais passarão a receber R$ 19 mil. O reajuste provocará um aumento no gasto da máquina pública do Estado de cerca de R$ 20,5 milhões. Os deputados também concederam aposentadoria vitalícia para os ex-governadores da Bahia no valor de R$ 19 mil mensal, com continuidade dos benefícios para as viúvas, além de motoristas e agentes da segurança pública, que garantirão suas integridades, com o aparato do Estado, até o último dia de suas vidas.

Nota originalmente postada dia 31