Política

Empresários negam compra de vagas no Carnaval e Conselho rebate vereadores

Publicado em 04/02/2015, às 06h13   Emerson Nunes e Juliana Nobre


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O produtor executivo de Bell Marques, Ricardo Portela, negou que o artista tenha comprado uma vaga privilegiada na fila que ordena os desfiles nos circuitos do Carnaval de Salvador. “Essa informação não procede, nós não temos vagas na fila. Temos um acordo que permite que o trio desfile”, explicou o empresário ao Bocão News, negando a acusação do vereador Arnando Lessa (PT) que, juntamente com o vereador Henrique Carballal (PT), pediu a criação de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para averiguar a compra de blocos no Carnaval de 2015.

Lessa também afirmou que "o Concar está sendo conivente porque os interesses dos maiores ficam em primeiro lugar”. A acusação foi acompanhada de outra denúncia. “É claro que Claudia Leitte e Bell Marques estão comprando as vagas”.

O empresário Sandro Melo, produtor de Cláudia Leitte rebateu as acusações do petista. “Não existe isso de compra de vaga na fila. O que estamos fazendo é a compra da empresa que era proprietária do bloco ‘Me Ama’, mas não tem nada a ver com compra de vaga. É um acordo, tudo sob a luz do Ministério Público. Estamos fazendo tudo às claras”, defendeu.   

Em entrevista ao Se Liga Bocão, na rádio Itapoan FM, o presidente do Conselho do Carnaval (Concar), Pedro Costa, questionou a postura dos petistas a respeito da festa. "Eu nunca recebi do vereador Arnando Lessa qualquer documento denunciando qualquer irregularidade no Carnaval”.

Segundo Costa, uma atualização das normas e critérios de apresentação está sendo feita a partir de 2016. “Os critérios de regra para o Carnaval de 2015 seriam os mesmos de 2014, que já acontecem há mais de 20 anos. Os novos critérios de regra de apresentação aconteceriam a partir de 2016”, explicou.

À reportagem, o presidente ainda saiu em defesa dos cantores citados pelo vereador. Segundo Costa, "Bell Marques não é nenhum picareta e já toca no carnaval há 35 anos". Bell Marques fundiu o bloco Vumbora ao Pra Ficar, o que seria permitido. Para Lessa, essa ação é ilegal já que blocos com seis anos de desfile é que teriam direito. "Vumbora se cadastrou em 2013 e desfilou em 2014. Não há problemas porque essa regra só é válida a partir de 2016. Claudia Leitte comprou a empresa Me Ama, com CNPJ e tudo, não foi a vaga na fila. E o Largadinho [bloco] já desfila há quatro anos", defendeu o presidente.

Costa ainda se disse surpreso e achar estranha a atitude do vereador. "Por que fazer esses questionamento às vesperas da festa? Se ele nos trouxer a denúncia, vamos apurar. Acho válida a criação da comissão", assegurou ao se referir sobre a comissão especial de investigação que pdoe ser criada na Câmara de Vereadores de Salvador para apurar a compra de vagas de blocos. 

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