Enquanto todo mundo vai ter que “suar a camisa” e adiantar o trabalho para ter dois ou três dias de folga neste feriadão, os vereadores da capital baiana já estão de “pernas para o ar”. Nesta semana, um acordo do colégio de líderes definiu que não haverá sessão extraordinária, o que significa dizer que ninguém terá desconto nos vencimentos em caso de ausência.
Na agenda Câmara Municipal, apenas dois eventos: logo mais à noite, por iniciativa do vereador Joceval Rodrigues (PPS), o padre Domingos Mianulli, diretor do Colégio Antônio Vieira, recebe título de Cidadão Soteropolitano. Na terça (19), acontece uma audiência sobre planos de saúde proposta por Aladilce de Souza (PCdoB). E fim de papo.
Portanto, o parlamentar que não quiser marcar presença nas atividades poderá se ausentar de Salvador ainda hoje sem nenhum problema.
Diagnóstico - “Ainda não votamos nem sequer um projeto este ano. Existem mais de 600 na fila. Infelizmente, a Câmara está parada”, lamenta o vereador Sandoval Guimarães (PMDB).
“O problema já foi diagnosticado: a falta de diálogo entre o prefeito e a base aliada travou o poder Legislativo. Esse desentendimento prejudica a cidade porque medidas importantes que estão em tramitação ficam impossibilidades de sair do papel”, observa Paulo Câmara (PSDB).
No momento, a pauta da Casa está trancada pelo projeto do Executivo que reduz a carga tributária do Parque Tecnológico. A matéria precisa de apenas 28 votos para ser aprovada, mas a articulação política do Thomé de Souza ainda não sente segurança para levar o texto a plenário. Pelo visto, a Casa Civil do governo João Henrique ainda não acertou as
contas com PSC e PTN.
Levantamento feito pelo
Bocão News revelou que o último projeto aprovado na Câmara foi o
orçamento do município para 2011, em 22 de dezembro do ano passado.
Fotos: Edson Ruiz/Bocão News