Política

Otto recebe críticas após retirar assinatura para CPI do BNDES

Publicado em 08/04/2015, às 17h29   David Mendes (Twitter:@__davidmendes)


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Afastado dos holofotes políticos desde que estourou o escândalo da compra dos ferries, com suspeita de superfaturamento, o senador Otto Alencar (PSD), ex-vice-governador da Bahia e secretário de Infraestrutura na época em que as embarcações foram compradas ao custo de 18 milhões de euros, reapareceu nesta quarta-feira (8). 
Otto sofreu críticas da Oposição no Senado após retirar a assinatura para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concedidos a entidades privadas ou governos estrangeiros. Além de Otto, os senadores baianos Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB) também se recusaram a assinar o pedido.
Pelas regras do Senado, são necessárias assinaturas de pelo menos 27 senadores para que uma CPI seja criada. A oposição havia reunido assinaturas de 28, mas seis voltaram atrás. Sem as assinaturas mínimas, o requerimento com o pedido de criação da CPI não pode ser formalizado. Além de Otto, retiraram as rubricas Rose de Freitas (PMDB-ES), Ivo Cassol (PP-RO), Omar Aziz (PSD-AM), Zezé Perrella (PDT-MG) e Fernando Ribeiro (PMDB-PA).
Seinfra - BNDES

Ponte está orçada em R$ 160 milhões
Quando era o chefe da Seinfra, Otto Alencar assinou empréstimo com BNDES para a construção da Ponte do Pontal, em Ilhéus, no sul baiano. A obra, supervisionada pelo Derba, órgão ligado à própria Secretaria, entregou o serviço à UTC Engenharia, que tem como dono Ricardo Pessoa, preso na sétima etapa da Operação Lava Jato. A obra está suspensa e não tem previsão de retorno.
O governo da Bahia garantiu reiniciar as obras em março deste ano, mas, até o momento, nenhuma nova pedra foi colocada. No mês passado, o novo chefe da Seinfra, Marcos Cavalcante, anunciou, em audiência na Assembleia Legislativa da Bahia, que o BNDES garantiu empréstimo no valor de R$ 50 milhões para as obras da ponte, orçada em R$ 160 milhões. Segundo Cavalcante, que era subsecretário da Seinfra e homem de confiança de Otto Alencar, a empreiteira foi notificada e teria até depois da Semana Santa para informar se pretenderia continuar à frente da construção da ponte.

Assinatura da ordem de serviço da ponte foi assinado em junho de 2013 pelo então governador Jaques Wagner

Classificação Indicativa: Livre

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