Política

Pai e madrasta de Paupério foram beneficiados com esquema de corrupção, diz MP

Publicado em 11/09/2015, às 09h17   Cíntia Kelly (@cintiakelly_)


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Investigação do Ministério Público do Estado dá conta de que o pai e a madrasta do secretário municipal de Gestão, Alexandre Paupério, também foram beneficiados no suposto esquema de desvio de dinheiro na Secretara de Educação. Na ação civil pública movida pelo MP, Antônio Carlos Paupério e Rosineide Socorro Agatão Paupério, foram beneficiados com contratos irregulares no valor de R$ 2.271,719,88.  Segundo o MP, o desvio chega proximo aos R$ 40 milhões.

Como o Bocão News antecipou ontem, as empesas de Alexandre Paupério foram constituídas em datas muito próximas aos convênios firmados entre a Fundação Escola de Administração (FEA) e a Secult. Segundo o MP, as três empresas em que Paupério aparece como sócio estão “inativas e em processo de extinção”.

Ainda de acordo com a peça, as empresas Digital Instituto de Tecnologia Ltda. e Glia Comunicação, Design e Criatividade Ltda foram respectivamente abertas em 11/09/2009 e 17/03/2010, tendo convênios com a Secult assinados em 01/12/2009. “Há indícios de que estas empresas foram criadas com o exclusivo objetivo de participar da execução do ajuste realizado, remanescendo também sinais de que houve favorecimento a um grupo específico de indivíduos, haja vista que as consultorias contratadas no âmbito do Convênio n° 093/2009 foram realizadas por empresas, cujos quadros societários eram compostos pelas mesmas pessoas”.

A ação proposta pelo MP mostra que a Fundação Escola de Administração (FEA) “achincalha” com os princípios da moralidade e da impessoalidade. “O próprio Superintendente da Fundação era sócio de uma das empresas por ela mesma contratada para prestar serviços coordenados pela convenente”, diz trecho da ação.

O MP aponta ainda, que no quadro societário da empresa VL Solutions Educacional e Apoio Administrativo Ltda, aberta durante o período de execução do Convênio, constam os sócios Luciano José Pereira dos Santos e Edvalda de Oliveira Leite Brito. Enquanto o primeiro era responsável pela contabilidade da FEA, a segunda a segunda pessoa mencionada atuava como coordenadora de projetos da entidade, responsável pelo atesto dos documentos fiscais e pela execução do Convênio n° 093/2009.

Outro lado - Em nota, Paupério afirma ainda não conhecer o teor da denúncia do Ministério Público e "espera informações mais detalhadas sobre a ação proposta, refuta eventuais irregularidades e se coloca à disposição para esclarecimentos sobre os serviços prestados, de forma a contribuir efetivamente com a transparência e a lisura na gestão pública".

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