Política

Senadores do PSD Bahia avaliam que Pacheco deverá ser eleito com tranquilidade

Marcos Oliveira/Agência Senado
Em entrevistas recentes, Tebet chegou a dizer que o povo brasileiro está  “cansado do comportamento de Bolsonaro” e que "a paciência está chegando ao fim"  |   Bnews - Divulgação Marcos Oliveira/Agência Senado

Publicado em 30/01/2021, às 11h39   Raul Aguilar


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O líder do Partido Social Democrático no Senado Federal, Otto Alencar (PSD), criticou a postura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) na corrida eleitoral pelo comando da Casa. Alencar afirma que um candidato ao comando do Congresso Nacional não pode “ir ao confronto” com o presidente da República, como ela está fazendo. 

A frase de Alencar é motivada pela intensificação das críticas da candidata do MDB ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), após ela ter sido informada de movimentações do  presidente que resultaram na migração de seu partido, o MDB, para base de apoio da candidatura de seu adversário, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), na disputa pela chefia do Senado. 
Em entrevistas recentes, Tebet chegou a dizer que o povo brasileiro está  “cansado do comportamento de Bolsonaro” e que "a paciência está chegando ao fim", quando questiona acerca da possibilidade do impeachment do chefe do executivo federal. 

“Um candidato à presidência do Senado, do Congresso Nacional, por mais divergências que possa ter com o presidente, do ponto de vista programático, ideológico, não pode ser o nome que irá ao confronto direto com o presidente caso seja eleito, como agora se colocou a senadora Simone. O momento em que vive o Brasil, com todas as crises: econômica, desemprego, a questão sanitária do Covid-19; e a pessoa vai querer ser presidente do Senado com um balde de gasolina na mão, para incendiar a República? Não pode ser assim; assim não dá”, destacou Alencar. 

O líder do PSD também rebateu os argumentos de que haveria uma aproximação de Rodrigo Pacheco com Jair Bolsonaro, intermediada por Davi Alcolumbre, para tornar mais fácil a vida do chefe do executivo federal na Casa. 

“Não existe isso. Rodrigo Pacheco é o candidato do PSD, PT, PP, Da Rede, Pros, PDT e de vários partidos que fazem oposição ao presidente, como é o caso do PSD; o meu caso, que sou independente. Não sou aliado de Bolsonaro e apoio o Rodrigo. Esse rótulo não pegou, os opositores tentaram colocar esse rótulo no Pacheco mas não pegou”.

Otto Alencar avalia que o clima de acirramento da disputa não irá gerar um racha na Casa no pós-eleição, que ocorrerá na próxima segunda-feira, (1).  Ele avalia que o Senado Federal é a casa de políticos “mais experientes” e com “juízo”. Ele reforça que após a eleição, e os senadores esfriaram as cabeças, eles atuarão em “cooperação para aprovar o que o Brasil precisa”.
O senador do PSD define o colega do DEM de Minas Gerais como o “virtual vencedor” e acredita que ele poderá alcançar o apoio de mais de 60% da Casa: “O Pacheco é o virtual vencedor do pleito. Eu creio que ele ganha no primeiro turno e pelos meus cálculos, e não é por ser o número de meu partido, mas eu acredito que ele alcança de 55 votos para cima”. 

Para o colega de Casa e de Partido, Angelo Coronel (PSD), o senador do Democratas deverá com uma vantagem ainda maior, alcançando quase 70% de apoio no Senado Federal.

 "Pacheco deve ser o vitorioso pois conquistou um grande arco de alianças em prol do seu nome. Esperamos que ele chegue a 65 votos", destacou Coronel.

O senador do PSD avalia que após a eleição não haverá fios soltos: "Quando terminar o pleito, caberá ao futuro presidente buscar uma conciliação".

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