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Bruno Reis afirma que shows e eventos que geram aglomeração não devem voltar em Salvador

Dinaldo Silva BNews
O prefeito de Salvador reforçou que antes de promover o retorno dos shows é preciso realizar a volta às aulas  |   Bnews - Divulgação Dinaldo Silva BNews

Publicado em 11/02/2021, às 11h10   Aline Reis e Raul Aguilar


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O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), admitiu nesta quinta-feira, (11), que por conta da segunda onda da pandemia do novo coronavírus no país, será difícil realizar uma flexibilização para realização de shows e eventos na cidade que possam promover aglomeração. 

“Infelizmente, em relação à flexibilização para realização de eventos, nós temos que ter coragem de olhar no olho e dizer que não há como fazer neste momento, nem eu e nem ninguém no meu lugar faria”, destacou Bruno. 

Ainda na manhã desta quinta, enquanto o prefeito discursava, trabalhadores do entretenimento realizavam um protesto em frente ao Shopping da Bahia, pedindo o retorno das atividades, o ato foi convocado pelo grupo SOS Entretenimento.

Aldir Blanc

O prefeito ressaltou o empenho da prefeitura para destinar  a maior parte dos R$ 18 milhões, recebidos do governo federal após sanção da Lei Aldir Blanc, aos trabalhadores do setor cultural.  
“Da lei Aldir Blanc, chegaram a Salvador 18 milhões de reais. Eu aposto que não teve outra cidade do Brasil que conseguiu em tempo hábil praticamente destinar todo recurso, em quadro editais que contemplaram quase 5 mil pessoas do setor cultural da nossa sociedade; da área de eventos, da área de atendimento e do setor da Cultura e todos os segmentos culturais da cidade. Nossa equipe da fundação Gregório de Matos, que trabalhou no mês de dezembro todos os dias, entrando pela pela madrugada, para analisar as propostas dos projetos e deferir todas; e nós fizemos o pagamento, praticamente dos R$ 18 milhões de reais”, destacou Reis.

O chefe do executivo da capital destacou também a distribuição de cesta básica para músicos, e a permissão do retorno das apresentações de voz e violão em bares e restaurantes.  Ele revela que o retorno do funcionamento dos teatros, ocorrido no início da semana, foi motivado pela cobrança dos artistas e músicos beneficiados pela Lei Aldir Blanc, que são obrigados, como contrapartida pelo recurso recebido - que em alguns casos chegou até R$ 100 mil reais - a realizarem apresentações.  

“Um dos motivos para eu ter autorizado o funcionamento de teatros é porque esses artistas precisam produzir as suas Lives, precisam produzir, sem a presença do público, um material para comprovar a utilização do recurso. E tinha uma demanda desse setor cultural, desse segmento que não tinha espaço disponível na cidade para produzir, para realizar o evento que era a comprovação da utilização dos recursos que estão entre R$ 50 e 100 mil de cachê, fruto da Lei Aldir Blanc”, explicou Reis. 

Educação

O prefeito de Salvador reforçou que antes de promover o retorno dos shows é preciso realizar a volta às aulas.
 “A gente sempre colocou que para poder chegar nos eventos, primeiro nós temos que passar pela educação. Hoje teremos outra reunião, às 17 horas, com o Governador Rui Costa e com dirigentes da UPP, e com a comissão de Educação dos deputados estaduais para discutirmos os critérios para a retomada da educação, para validar os protocolos que as nossas equipes, a nossa, da prefeitura, com o governo do estado, que já havia concluído, mas com outros municípios da Bahia”, destacou o chefe do executivo da primeira capital do Brasil. 
Bruno Reis revela que na próxima semana fará uma reunião com membros da APLB. Na última quarta-feira, (10), o sindicato publicou uma nota pública no Jornal A Tarde, afirmando que o retordo das “aulas presenciais sem a imunização dos profissionais da Educação é genocídio”.  

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